Violência doméstica tem "expressão enorme"
PGR sai do Parlamento sem concretizar quem orquestra campanha contra Ministério Público
Ao longo de hora e meia de audição na Comissão de Assuntos Constitucionais, os deputados, do PCP ao CDS-PP, com exceção do Chega, pediram a Lucília Gago para concretizar o que dissera, designadamente quem e com que objetivo está envolvido numa campanha contra o Ministério Público.
O deputado do PCP António Filipe abordou também o caso da Operação Influencer, que provocou em novembro passado a demissão de António Costa das funções de primeiro-ministro, perguntando, diretamente, até quando se prolonga a investigação, mesmo que, aparentemente não tenham sido detetados crimes.
Porém, nas duas intervenções de fundo que fez perante os deputados - e apesar da insistência na questão da alegada campanha orquestrada -, a PGR optou por não responder. Frisou, isso sim, que, ao contrário do que foi noticiado, esta foi a quarta e não a primeira vez que se deslocou ao parlamento para prestar esclarecimentos.
Caso da Madeira e a audição dos detidos. "Excessos absolutamente excecionais"
DCIAP mantém produtividade, diz PGR
Recursos humanos no MP não têm vindo a aumentar
Segredo de Justiça. PGR defende uso de "meios intrusivos"
Escutas telefónicas por longos períodos são situações "absolutamente excecionais"
Quanto a casos em que essas escutas se prolongam por tempo alargado, "essas situações são absolutamente excecionais", vincou.
"Analisando os dados desde 2011, verificamos que o número de interceções telefónicas conheceu o auge em 2015, com 15.441. Desde então tem vindo a decrescer, ano após ano, de forma sustentada, e em 2023 foram 10.553", acrescentou Lucília Gago.
PAN não entende "lacunas do relatório"
"Confiança na justiça está longe de ser a desejável"
Livre quer saber quantas pessoas estão sob escuta
Joana Mortágua afirma que é normal que "quando a PGR fala o país ouça"
PCP não acredita em golpe de Estado promovido pelo MP
Sobre as escutas telefónicas, o partido perguntou a Lucília Gago se esta considera que existe "uma banalização do recurso a este meio de investigação" e se considera "proporcional e adequado que um cidadão possa estar quatro anos sob escuta, até que se encontre algum indício que o possa comprometer judicialmente".
Chega questiona PGR sobre falta de recursos humanos
IL quer esclarecimentos sobre "campanha orquestrada"
BE e PAN - segredo de justiça e processos longos
MP "tem um dever de objetividade"
"As vindas ao Parlamento não são populistas"
Magistrados fazem esforço "dantesco"
Aguiar-Branco assiste à audição de Lucília Gago no Parlamento
Quarta vez da PGR a ser ouvida na Assembleia
“Desde o primeiro momento manifestei total recetividade quanto à aceitação do convite endereçado por esta comissão, não tendo pedido em momento algum o adiamento” da mesma, clarificou Lucília Gago.
A entrevista de Lucília Gago à RTP
Em entrevista à RTP, a procuradora-geral da República quebrou o silêncio e denunciou a existência de uma "campanha orquestrada" contra o Ministério Público.
Audição marcada para as 9h30
Na altura, a PGR pediu pediu que a ida à comissão só ocorresse depois de concluído o Relatório Anual de Atividades do Ministério Público de 2023.
Os deputados querem que a audição seja à porta aberta e com a presença da imprensa, como aconteceu nas audições anteriores com outros Procuradores-Gerais da República.