Polícia britânica em Portugal para manter informada a família de Madeleine McCann

por RTP
Foto: Luís Forra - Lusa

A polícia britânica confirmou esta terça-feira que tem agentes presentes em Portugal a assistir às buscas relacionadas com o desaparecimento de Madeleine McCann. O Inspetor-Chefe da Polícia Metropolitana de Londres, Mark Cranwell, indicou que está no terreno para poder informar a família de "quaisquer desenvolvimentos".

O responsável salienta que a polícia britânica "continua a trabalhar e a apoiar os seus colegas em Portugal e na Alemanha, nas suas investigações sobre o desaparecimento de Madeleine McCann".

Agradeceu ainda à Polícia Judiciária e ao Bundeskriminalamt por permitirem à polícia britânica “estar presente enquanto o seu trabalho está a decorrer, para que possamos informar a família de Madeleine”.

Esta terça-feira começaram as buscas relacionadas com o desaparecimento de Madeleine McCann na Barragem do Arade, em Solves. A criança britânica desapareceu na Praia da Luz, no Algarve, a 3 de maio de 2007, quando passava férias com os pais.

A Barragem do Arade fica a cerca de 50 quilómetros da Praia da Luz, onde Madeleine McCann foi dada como desaparecida. A RTP sabe que, para já, não foi encontrado nenhum objeto de relevo. Apenas foi recolhida terra para análise.

As buscas deverão prolongar-se nos próximos dias e envolvem dezenas de agentes. Para além da Polícia Judiciária, participam também as autoridades alemãs.

Em 2020, a polícia alemã anunciou a abertura de uma investigação e a existência de um suspeito. Christian Bruckner chegou a ser acusado pelas autoridades alemãs de vários crimes sexuais cometidos em Portugal mas negou qualquer envolvimento no caso de Madeleine McCann.

A Barragem do Arade, em Silves, era um local frequentado pelo suspeito do desaparecimento da menina, Christian Brueckner, um homem de 45 anos que está a cumprir pena em Kiel, na Alemanha, por outro crime.

Em declarações à emissora pública alemã NDR, o procurador público Hans Christian Wolters afirmou que as autoridades “têm motivos para acreditar que será possível encontrar provas” na barragem.

Noutra declaração ao canal alemão RTL, Wolters disse que não podia dar “nenhuma informação concreta” sobre as pistas em que esta busca se baseia.

“Não são pistas que vêm do arguido… Temos uma, mas peço a vossa compreensão de que não posso divulgá-la aqui de momento, por razões táticas”, referiu.
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