Por falsificação de presenças. Médicos investigados em Lisboa

por RTP
Pedro A. Pina - RTP

No Centro Hospitalar de Lisboa Central mais de vinte médicos estão a ser investigados pelo Ministério Público por falsificarem presenças no serviço em 2019. Estes profissionais, que continuam em funções, terão enganado o controlo de presenças através de um sistema de assiduidade mais antigo.

Os profissionais de saúde forneciam as senhas uns aos outros para enganar o sistema de controlo de presenças, revela o jornal Público.

A investigação do Ministério Público teve início na sequência de uma denúncia de um clínico em 2019. E os médicos ainda não foram acusados e mantêm-se em funções.

Em causa podem estar crimes de falsidade informática e burla.


O caso está em segredo de justiça, mas os mais de 20 médicos investigados já tiveram acesso aos dados recolhidos pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.

Além do sistema de controlo de assiduidade, mais antigo, existe outro mais recente a funcionar em simultâneo, o chamado sistema biométrico que passa pela impressão digital.

O gabinete de comunicação do Centro Hospitalar de Lisboa Central afirma que este é o meio de controlo preferencial das presenças e que a manutenção dos dois sistemas se deve ao elevado número de profissionais e à distância entre as seis unidades de saúde que compõem o centro hospitalar.

Há 15 anos um despacho do Ministério da Saúde determinava que todos os hospitais deveriam implementar até 2007, o controlo biométrico das presenças dos profissionais de saúde.

Urgências de ginecologia e obstetrícia de Braga e Portimão reabriram

A urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Braga reabriu esta segunda-feira às 08h00. Também o bloco de partos do Hospital de Portimão voltou a receber parturientes.

Em comunicado, o hospital justificou que o encerramento se deve à impossibilidade de se completarem as escalas de trabalho.

Já o bloco de partos do hospital de Portimão, que esteve encerrado durante o fim-de-semana, começou de novo a receber grávidas.

Em Portimão as urgências de Ginecologia e Obstetrícia estiveram a funcionar apenas para grávidas até às 22 semanas.

Na origem do encerramento está a dificuldade em assegurar escalas de Pediatria, o que condiciona também o funcionamento da urgência de Ginecologia e Obstetrícia.
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