Prisão preventiva para dois dos três detidos no Alentejo por contrafação de moeda

por Lusa

O Tribunal de Elvas decretou a prisão preventiva de duas das três pessoas detidas na zona de Campo Maior, no Alentejo, por suspeitas de contrafação de moeda, disse hoje à agência Lusa fonte da Polícia Judiciária (PJ).

A mesma fonte indicou que o tribunal decretou a prisão preventiva, a medida de coação mais grave, de dois homens, pai e filho.

Também detida na mesma operação policial, uma mulher, companheira do homem mais novo, ficou sujeita a apresentações bissemanais na força de segurança da área de residência, de acordo com a PJ.

Os suspeitos, com idades entre os 21 e os 55 anos, foram detidos na quinta-feira, tendo o interrogatório judicial decorrido no Tribunal de Elvas, distrito de Portalegre.

Segundo a fonte da PJ, os suspeitos foram detidos num monte na zona de Campo Maior, local onde se dedicavam a fabricar dinheiro falso, que "vendiam a outros que passavam as notas falsas" para o mercado.

"Não há detidos entre os compradores do dinheiro contrafeito", adiantou a fonte policial.

Os dois homens e a mulher foram detidos pela PJ, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, na sequência de uma investigação, iniciada há cerca de seis meses, por suspeitas de contrafação de moeda, nomeadamente notas de 20, 50 e 500 euros, tendo sido apreendidos mais de 67 mil euros, segundo um comunicado da Polícia Judiciária.

Os suspeitos são alegadamente responsáveis pela contrafação de milhares de notas, tendo a passagem da moeda incidido especialmente em Portugal e Espanha.

"No entanto, foram detetadas notas correspondentes a esta contrafação em mais oito países europeus: Alemanha, França, Itália, Áustria, Bélgica, Estónia, Holanda e Suíça", refere a mesma nota.

A PJ realizou nove buscas e apreendeu 1.131 notas de 20 euros, 401 notas de 50 euros e 49 notas de 500 euros, num total de 67.170 euros, bem como 14 notas de 10.000 francos da República Centro-Africana e ainda guilhotinas, cunhos e respetiva prensa, rolos de fita holográfica, computador e impressoras, além de consumíveis diversos e ficheiros informáticos, relacionados com esta atividade ilícita.

A operação integrou investigadores da Dirección General de la Policia, Brigada de Investigación do Banco de Espanha (Moeda Falsa) e contou com a colaboração da Europol.

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