O procurador europeu José Guerra falou pela primeira vez depois da polémica sobre a nomeação para a Procuradoria-Geral Europeia. Em declarações exclusivas à RTP, o magistrado diz que a escolha seria sempre discutível, mas não nos termos em que foi feita.
José Guerra considera que foi posta em causa a sua habilitação para o cargo.
“Uma nomeação que podia ser discutida e que, se calhar, até é bom que se discuta, mas não naqueles termos. E sobretudo tentando pôr em causa a também a minha habilitação e as minhas qualidades para desempenhar este cargo. Coisa que o júri nunca pôs”, afirmou.
Em janeiro, depois da entrevista da ministra da Justiça à RTP, na qual Francisca Van Dunem assumiu ter enviado informações erradas ao Concelho da União Europeia - ressalvando que o nome escolhido para procurador era “o melhor” -, José Guerra afirmou que não colocava o cargo à disposição.
Na altura, confessou à RTP que ficou surpreendido com os lapsos no documento enviado pelo Ministério da Justiça sobre o seu currículo e garantiu que só teve conhecimento da polémica carta pela comunicação social.
