Professores. Cristas diz que descongelamento não interfere com Orçamento do Estado

por RTP
“Este é mais um episódio grave (…) de um Governo que se vitimiza sem razão para tal”, defendeu Cristas. Manuel de Almeida - Lusa

Em conferência de imprensa na manhã desta sexta-feira, Assunção Cristas defendeu que o descongelamento da totalidade do tempo de serviço reivindicado pelos professores não irá prejudicar o Orçamento do Estado.

“O que foi aprovado ontem foram os nove anos, porque se o princípio é descongelar, então não aceitamos branquear o passado”, garantiu Cristas. “O CDS fez o que disse sempre que faria: ser justo com os professores”.

Cristas acusou o Governo de montar uma “fantochada” e de atuar com base na “desonestidade política e intelectual”, atirando areia para os olhos das pessoas e desinformando-as. “No CDS não aceitamos esta manipulação da verdade”, frisou.

“O que foi aprovado não aumenta num cêntimo que seja o encargo para o Orçamento. Não há, por isso, qualquer proposta irresponsável, como querem fazer querer”.

A líder do CDS-PP acusou também o Governo de ignorar o facto de o período inicial de congelamento das carreiras dos professores ter ocorrido sob o mando de um Governo socialista.

“Quanto ao tempo de congelamento, a proposta do Governo era considerar sete anos, ou seja, do tempo da Troika para cá, e esquecer que o primeiro período de congelamento foi entre 2005 e 2007, no Governo socialista de José Sócrates”.

Quanto à forma de pagamento dos nove anos, quatro meses e dois dias, Cristas assegura que este seria feito com base numa negociação que teria em conta vários fatores.“Este é mais um episódio grave (…) de um Governo que se vitimiza sem razão para tal”, defendeu Cristas.

“Em relação à forma como pode ser pago esse período, nós temos sido cristalinos, de uma honestidade e de uma frontalidade ímpar desde o primeiro momento (…) queremos negociar com base no crescimento económico, nas aposentações, na avaliação dos professores e na carreira dos professores”

Se o CDS chegar a um futuro Governo, “vai fazer uma negociação muito séria e muito honesta com base nestes pontos”, garante.

A líder partidária desafiou ainda o Governo a apresentar uma moção de confiança. “Por nós CDS este Governo já tinha terminado há muito. Do nosso lado estamos sempre preparados para eleições”.
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