Projetos de reabilitação em Vila Nova de Gaia, Torres Vedras e Évora vencem prémio IHRU

por Lusa

Projetos de reabilitação de edifícios em Vila Nova de Gaia, de requalificação de espaço público em Torres Vedras e de recuperação da Igreja e Convento de S. Francisco, em Évora, foram hoje distinguidos com o Prémio IHRU 2016.

No âmbito da entrega dos galardões do Prémio IHRU - Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, que decorreu no Teatro Thalia, em Lisboa, o presidente do organismo, Vítor Reis, anunciou que a iniciativa vai passar a designar-se Prémio Nuno Teotónio Pereira para "homenagear a vida e a obra do arquiteto".

Atribuído desde 1989, o Prémio IHRU é "o mais antigo a nível nacional" na área do imobiliário, distinguindo as melhores intervenções ao nível da reabilitação urbana.

A requalificação dos edifícios de Vila D`Este, em Vila Nova de Gaia, venceu o Prémio IHRU 2016 na categoria "Reabilitação do Conjunto Urbano", anunciou a organização da iniciativa, referindo que, nesta vertente, foi atribuída também uma menção honrosa ao projeto de requalificação dos edifícios do Bairro do Lagarteiro (10 a 13), na freguesia de Campanhã, no Porto.

Na categoria "Reabilitação ou Requalificação de Espaço Público", o galardão foi atribuído à cidade de Torres Vedras com os projetos de intervenção Polis e de requalificação urbana e ambiental do Choupal e Ermida.

Já na vertente "Reabilitação de Edifício", o projeto vencedor foi a recuperação e requalificação da Igreja e Convento de S. Francisco.

Além do projeto de Évora, houve duas distinções de Prémio Especial Júri para a requalificação do Museu Municipal Abade Pedrosa e a construção da Sede do Museu Internacional de Escultura Contemporânea, em Santo Tirso, e para a recuperação de uma habitação para turismo no espaço rural Herdade do Carvalho, Nossa Senhora da Vila, em Montemor-o-Novo.

Ainda na categoria "Reabilitação de Edifício", o júri atribuiu duas menções honrosas aos projetos da Casa do Pinheiro Manso e da Casa Belos Ares - Reabilitação de Unidade Familiar, ambos na freguesia de Ramalde, no Porto.

Na vertente de "Área de Reabilitação Urbana", o júri não elegeu vencedor, mas atribuiu duas menções honrosas à freguesia de Minde, em Alcanena (Santarém), e ao centro urbano de Condeixa-a-Nova (Coimbra).

Segundo o presidente do IHRU, verificou-se "um aumento significativo de participantes" nesta edição, num total de 54 candidaturas, dez das quais foram distinguidas pelo júri (cinco prémios e cinco menções honrosas), o que considerou ser "algo de verdadeiramente extraordinário".

Na cerimónia de entrega dos galardões do Prémio IHRU 2016 foi prestada homenagem a Nuno Teotónio Pereira, com a presença de familiares do arquiteto, assim como do secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, José Mendes.

Para o presidente do instituto, transformar o Prémio IHRU em Prémio Nuno Teotónio Pereira é permitir que o arquiteto seja "uma referência duradoura" nesta área.

"A vasta obra deixada assume um papel de grande relevância para o setor da habitação e de referência para as novas gerações", sublinhou Vítor Reis.

Luísa Teotónio Pereira, filha do arquiteto, agradeceu a homenagem ao pai e disse que a atribuição do nome a este prémio "faz perdurar a obra e a vida" de Nuno Teotónio Pereira, que morreu a 20 de janeiro deste ano.

"Este prémio é mesmo a cara dele", afirmou Luísa Teotónio Pereira, descrevendo o arquiteto como "um lutador pela habitação para o maior número".

Já o secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, José Mendes, enalteceu "a justa homenagem" feita a Nuno Teotónio Pereira, defendendo que "um prémio antigo ganha agora uma nova vida".

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