Os enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia suspenderam o protesto que levavam a cabo desde o início do mês, depois de uma reunião com representantes do Ministério da Saúde.
A Federação de Enfermeiros reuniu-se com representantes do Ministério da Saúde para iniciar as negociações sobre uma carreira independente e respetiva remuneração. Na sequência da reunião, os enfermeiros decidiram suspender a "greve de zelo" que têm vindo a efetuar, bem como a "greve de abandono do serviço", que teria início dia 31 de julho.
Na quinta-feira tinha sido divulgado um parecer pedido pelo Ministério da Saúde à PGR, que admite que os enfermeiros especialistas em protesto podiam ser responsabilizados disciplinar e civilmente, bem como incorrer em faltas injustificadas.
O parecer reconhecia que os enfermeiros especialistas têm legitimidade para defender os seus interesses remuneratórios, nomeadamente recorrendo à greve, mas ressalvava que "a recusa de prestação de serviço dos enfermeiros com título de especialista não é enquadrável numa greve".
Apesar deste parecer, os enfermeiros decidiram manter o protesto até esta segunda-feira, altura em que reuniam com a tutela.
