Relatório preliminar de incêndio no Porto de Leixões confirma "rápido acionamento de plano de segurança"

por Lusa

Porto, 02 mai (Lusa) -- O relatório preliminar do incêndio no porto de Leixões a 12 de abril confirma o "rápido acionamento do plano de segurança", assegura a APDL, que abriu um inquérito para apurar as causas do acidente que vitimou um operário.

O relatório constatou ainda a "existência de uma divergência entre o peso do bloco que caiu sobre os pipelines, cujo valor inicial, estimado em sede de projeto, é inferior ao determinado por pesagem após o acidente".

"A pesagem era impossível a anteriori", refere a Administração dos Portos do Douro e Leixões, em comunicado hoje divulgado.

Por apurar está porém o "efeito desse facto [diferença de peso estimado para o real] para o sistema de suporte, cavaletes e gruas, que estava envolvido na operação".

A queda de uma peça do guindaste Titan -- considerado uma peça de arqueologia industrial -- terá originado, a 12 de abril, a rotura de uma conduta de gás no porto de Leixões, provocando várias explosões e um incêndio industrial.

O guindaste estava a ser alvo de uma operação de desmontagem e recuperação para ser relocalizado mais próximo da praia de Matosinhos, num projeto de valorização global de todo o molhe sul que inclui a construção do terminal de cruzeiros.

"Para a realização da operação de reabilitação, a APDL contratou um projeto à empresa Eurocrane que incluía todo o processo de desmontagem, lançou um concurso público para a desmontagem (embora o valor da obra não o justificasse) que foi ganho pela empresa Edilages, contratou uma empresa para fazer o controlo e acompanhamento das condições de segurança em obra (Proman) e ouviu as empresas que exploram os pipelines, tendo delas recolhido indicações sobre procedimentos a adotar para a segurança operação, os quais foram respeitados na íntegra", assegura a APDL.

Depois do acidente de 12 de abril a empresa "abriu um inquérito para apurar as causas do mesmo, contratando a empresa Certitecna" que hoje divulgou um relatório preliminar.

O relatório será agora enviado à Autoridade de Condições do Trabalho e ao Ministério Público, "ficando a APDL ao dispor dessas entidades para prestar todos os esclarecimentos que julgarem necessários".

"A APDL volta a lamentar profundamente a perda de uma vida, a agradecer a todas as entidades envolvidas no cumprimento do plano de segurança, e a assegurar que tudo fará para que o projeto de recuperação do guindaste Titan venha ser bem-sucedido", remata.

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