Rio sem preocupação de liderar reforma da justiça que quer "participada por todos"

por Lusa

O presidente do PSD, Rui Rio, salientou hoje que não tem a preocupação de liderar a reforma da justiça, defendendo que o essencial é que o país possa ter um processo "participado por todos".

"Que isto fique claro: eu não estou aqui a liderar nada, não tem de ser o PSD a liderar nada, aquilo que eu quero é que o país possa ter uma reforma da justiça", afirmou, em declarações aos jornalistas, no final de uma reunião de mais de três horas e meia com o Conselho Superior do Ministério Público, órgão presidido pela Procuradora Geral da República, Joana Marques Vidal.

Esta será uma das últimas reuniões no âmbito de uma ronda que iniciou em 21 de maio com agentes judiciais -- estão pedidas mais duas -- e Rui Rio voltou a prometer um documento de diagnóstico para breve, depois de um "pequeno debate interno" no partido.

Questionado sobre a posição que o PSD poderá defender sobre a continuidade ou não de Joana Marque Vidal -- que termina o mandato em outubro -- Rui Rio voltou a dizer que se trata, por enquanto, de "um não assunto" e que não foi sequer abordado na reunião de hoje.

"Revejo-me totalmente na posição do Presidente da República: quando o assunto se puser existe um assunto, até lá é um não assunto. Não devemos estar permanentemente a falar sobre o assunto e muito menos a politizá-lo e partidarizá-lo", sublinhou.

Sobre a reforma da justiça, o presidente do PSD defendeu que o líder da oposição, "seja ele qual for", tem um papel determinante.

"É normalmente a oposição que não quer colaborar com o Governo na reforma da justiça com medo que os louros vão todos para o governo e nunca para a oposição. A minha preocupação é que o país possa ter uma reforma da justiça ao longo do tempo e participada por todos", disse.

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