Suspeito de homicídios em Barcelos fica em prisão preventiva

por RTP
Fotografia: Huho Delgado - EPA

O homem detido na sexta-feira em Barcelos por suspeitas de quatro homicídios, incluindo de uma grávida, na freguesia de São Veríssimo, ficou este sábado em prisão preventiva.

O autor confesso dos homicídios de Barcelos esteve toda a manhã de sábado no tribunal de Braga.

A decisão de um juiz de instrução criminal do Tribunal de Braga foi justificada por se verificarem "todos os perigos previstos" no artigo 204 do Código do Processo Penal.

Terá sido este crime premeditado? Ouvidos na RTP psiquiatras e psicólogos forenses dividem-se na resposta a esta pergunta. Mas num ponto estão de acordo: a montante algo falhou na justiça que já tinha julgado e deveria ter avaliado Adelino Briotte, o autor confesso dos crimes.

Em causa estão os perigos de fuga, de perturbação do decurso do inquérito, de continuação da atividade criminosa e de perturbação da ordem e tranquilidade públicas.
Quatro crimes de homicídio qualificado
O arguido, de 63 anos de idade, está indiciado de quatro crimes de homicídio qualificado, tendo sido conduzido pela Polícia Judiciária ao Estabelecimento Prisional de Braga.

O arguido terá matado à facada, na sexta-feira, quatro vizinhos em S. Veríssimo, Barcelos.

As vítimas são um casal de 84 anos e 80 anos, uma mulher de 62 anos e outra mulher de 37 anos, grávida de sete meses.
"Já tinha ameaçado que se vingaria", disse o presidente da Junta de Freguesia de S. Veríssimo, João Abreu, aos jornalistas. As agressões à filha e à sogra, com um ferro, registaram-se em março de 2015.
O quádruplo homicida já teria prometido vingar-se dos vizinhos que testemunharam contra ele ou que se recusaram a depor em seu abono num processo em que foi condenado por violência doméstica.

Por esse processo, o homem foi condenado numa pena de prisão de três anos e dois meses, suspensa na sua execução, ficando em liberdade.

Desde então, e segundo vários testemunhos recolhidos no local do quádruplo homicídio, o homem ameaçou vingar-se quer de quem se recusou a testemunhar em seu abono, quer de quem foi a tribunal dar conta de que presenciou as agressões.


c/Lusa
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