Azeredo Lopes é suspeito de saber, “desde o início”, do plano da Polícia Judiciária Militar para a recuperação do material de guerra furtado dos Paióis Nacionais de Tancos e de o ter autorizado. A notícia foi esta sexta-feira avançada pela revista Sábado, que cita o despacho de apresentação do ex-ministro da Defesa ao juiz de instrução.
O ministro demitiu-se a 12 de outubro de 2018, após o então diretor da Polícia Judiciária Militar ter também garantido que Azeredo Lopes tivera conhecimento da encenação do aparecimento das armas.
Na audição da comissão parlamentar de inquérito, o ex-ministro negou sempre qualquer envolvimento no caso.
Em comunicado citado pela agência Lusa, Azeredo Lopes reafirma que nada fez de ilegal ou errado, lamentando "a flagrante violação do segredo de justiça que tal notícia consubstancia, e a que todos os agentes processuais estão obrigados por lei".
"Mais uma vez digo que, não obstante este episódio, confio na Justiça, com ela colaborarei, como é meu dever, e estou convicto, porque nada fiz de ilegal ou incorreto, que serei completamente ilibado de quaisquer responsabilidades neste processo", refere.
O ex-governante foi constituído arguido neste caso e responde pela alegada prática de crimes de denegação de justiça e prevaricação.
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