Tornado em Faro desaloja comunidade cigana de 100 pessoas

por Lusa

Faro, 04 mar (Lusa) - O tornado que hoje à tarde atingiu a cidade de Faro desalojou uma comunidade cigana de 100 pessoas, residente numa zona conhecida como Cerro do Bruxo, situada numa das entradas da cidade, disse o presidente da autarquia.

Segundo Rogério Bacalhau, que falava aos jornalistas durante um `briefing` no quartel dos bombeiros de Faro, por agora, "não será possível" àquela comunidade regressar ao local, devido aos "danos causados pelo tornado" nas estruturas precárias onde residem, construídas com madeira e telhas.

Além desta comunidade, cujo realojamento está a ser tratado pelos serviços de Ação Social da Câmara, há ainda a registar dois desalojados na freguesia do Montenegro - um casal que, entretanto, já foi realojado numa estalagem na Praia de Faro -, e uma mulher, que vai ficar na casa do filho.

De acordo com o autarca, apesar dos danos materiais - derrube de árvores, de painéis de publicidade e de iluminação pública -, não existem vítimas ou danos pessoais decorrentes do fenómeno extremo de vento que hoje pelas 16:00 atingiu a cidade.

O comandante dos Bombeiros Sapadores de Faro disse, por seu turno, que se registaram, no total, 50 ocorrências mais significativas, tendo estado envolvidos 60 operacionais de várias forças de socorro e dos serviços camarários.

Rogério Bacalhau frisou ainda que todas as vias de circulação estão já desimpedidas e que a situação meteorológica deverá melhorar nas próximas horas.

O tornado terá tido origem na Praia de Faro - onde, na quarta-feira, se formou um fenómeno idêntico - fazendo depois o trajeto da zona externa da cidade e seguindo em direção ao concelho vizinho de Olhão.

Em Olhão, as zonas mais atingidas foram Pechão e Moncarapacho, freguesia onde o vento forte derrubou o muro do Estádio António João Eusébio, enquanto decorria um jogo de futebol, danificando várias viaturas, sem causar vítimas.

O vento forte derrubou ainda algumas estruturas na Estrada Nacional (EN) 125, sobretudo em `stands` de automóveis, provocando ainda cortes de eletricidade.

No centro comercial Fórum Algarve há registo de vidros partidos na zona da restauração e de cadeiras arrastadas pelo vento.

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