Trabalhadores da CP iniciam ciclo de greves

por Lusa
Os cidadãos vão começar a sentir os transtornos causados pelas greves na CP Fernando Nobre-RTP

Vários sindicatos dão esta terça-feira início a novas greves no setor ferroviário, que irão abranger a Infraestruturas de Portugal (IP) e a CP até ao final do próximo mês, incluindo um dia de 24 horas, em 6 de abril.

Segundo um comunicado de uma plataforma de sindicatos, com representatividade na CP e na IP, os protestos arrancam hoje, com um “apagão de protesto”, ou seja, uma paralisação na IP e CP das 10h00 às 11h00.

De hoje ao dia 4 de abril haverá greve na IP das 00h00 às 2h00 e até 30 de abril os sindicatos cumprem greve na IP e na CP a partir da oitava hora de serviço, de acordo com a mesma nota.

Além disso, entre hoje e 30 de abril “na CP, os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00h00 e as 5h00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço” e entre 10 e 30 de abril, na IP, “os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00h00 e as 5h00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço”.

Segundo o comunicado, as estruturas preveem perturbações na circulação de comboios na CP, Fertagus, Medway e Takargo.

As greves afetarão a conservação e manutenção das vias-férreas e das vias rodoviárias, bem como a manutenção dos comboios e toda a operacionalidade das empresas referidas”, indicaram.

Segundo os sindicatos, “no dia 6 de abril, caso não sejam decretados serviços mínimos, não se prevê a realização de comboios em Portugal”.

“A responsabilidade do impacto, quer financeiro, quer seja social, que advenha destas formas de luta será da total responsabilidade do Governo que ao não negociar com os sindicatos desconsidera os trabalhadores da IP e da CP e desrespeita os cidadãos portugueses que diariamente utilizam o transporte ferroviário”, lamentam.
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