As administrações regionais de saúde do país vão fazer uma "avaliação e gestão do risco" de todas as unidades de cuidados de saúde públicas, devido ao surto de `legionella`, informaram as autoridades de saúde nacionais.
Assinado pela diretora da DGS, Graça Freitas, e pelo presidente do INSA, Fernando de Almeida, o comunicado revela também que, o INSA e o Serviço de Utilização Comum dos Hospitais "estão a desenvolver um Programa de Intervenção Operacional de auditoria técnica de apoio a todas as unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde".
30 casos de legionella
No mesmo comunicado, DGS e INSA informam que o número de casos diagnosticados de pessoas infetadas com `legionella`, no hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, subiu para 30.
Até às 20:00 de segunda-feira "foram diagnosticados 30 casos de Doença dos Legionários com possível ligação epidemiológica ao Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO) -- Hospital de São Francisco Xavier", mais um caso do que o anterior balanço, pode ler-se.
Destes 30 doentes, dois morreram, também na segunda-feira, um teve alta e os restantes encontram-se internados. "Os doentes são, na sua maioria, idosos com fatores de risco associados, nomeadamente doenças crónicas graves e hábitos tabágicos", indica o comunicado.
As duas entidades informam que "está em curso a investigação epidemiológica nas vertentes da vigilância da saúde humana e ambiental, a fim de apurar as circunstâncias que originaram o surto", tendo sido realizadas vistorias técnicas aos equipamentos e às estruturas "potencialmente associados a fontes de transmissão", trabalhos que vão "manter-se durante os próximos dias".
O comunicado refere ainda que está a ser preparado um relatório conjunto da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, DGS e INSA "para esclarecimento da cadeia de acontecimentos que conduziram ao surto".
No entanto, os procedimentos vão demorar "pelo menos, duas semanas", tendo em conta a necessidade de realizar "o exame cultural das amostras (ambientais e humanas) e a subsequente avaliação genómica" para apurar a ligação "entre a componente ambiental e a saúde humana"
"A Direção-Geral da Saúde sublinha que a doença se transmite através da inalação de aerossóis contaminados com a bactéria e não através da ingestão de água. A infeção, apesar de poder ser grave, tem tratamento efetivo. As medidas de segurança adotadas prevêem-se suficientes para interrupção da transmissão e controlo do surto, e vão continuar a ser monitorizadas", conclui o comunicado.