"Vento forte e inconstante" dificulta combate às chamas na Pampilhosa da Serra

por RTP

O fogo deflagrou por volta das 13h00 deste sábado em Janeiro de Baixo, Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra. Apesar de um primeiro ataque "musculado" com dez aviões, como lhe chamou o comandante Carlos Luís Tavares, não foi possível controlar o incêndio.

O vento "forte e inconstante" tem determinado várias projeções neste incêndio na Pampilhosa da Serra. O declive acentuado não tem ajudado ao combate às chamas.

Às 18h00, o fogo tinha duas frentes ativas, de cerca de 2 quilómetros cada uma.

O trabalho é dificultado pelo facto de esta ser uma zona de difícil acesso para os reforços conseguirem chegar com rapidez.

Estavam às 18h00, 365 operacionais no terreno, com 14 meios aéreos. Um grupo de reforço de Viseu deverá reforçar os trabalhos durante a noite para tentar dominar o fogo.

Não há povoações em risco.

A ANEPC emitiu na sexta-feira um aviso à população para o perigo de incêndio rural nos próximos dias, devido às elevadas temperaturas previstas e à baixa humidade.

Em comunicado divulgado na sexta-feira à tarde, a ANEPC refere que, "de acordo com a informação disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê-se um agravamento das condições meteorológicas favoráveis ao incremento do risco de incêndio, devido ao tempo quente e seco".

A ANEPC destaca que a humidade relativa do ar será inferior a 30% no interior e no Algarve durante a tarde e em geral com fraca recuperação noturna.

Quanto à temperatura máxima, estão previstos valores acima de 30°C na generalidade do território, "podendo rondar os 40°C no interior no domingo e segunda-feira, com possibilidade de ocorrerem noites tropicais no interior e no Algarve a partir de domingo".

Face a estas previsões, é proibido fazer queimadas extensivas sem autorização, fazer queima de amontoados, utilizar fogareiros ou grelhadores em todo o espaço rural, salvo se usados fora de zonas críticas e nos locais devidamente autorizados para o efeito, fumar ou fazer lume nos espaços florestais, lançar balões de mecha acesa e foguetes, usar motorroçadoras (exceto se possuírem fio de nylon), corta-matos e destroçadores nos dias de risco máximo e obrigatório usar dispositivos de retenção de faíscas e de tapa-chamas nos tubos de escape e chaminés das máquinas de combustão interna e externa nos veículos de transporte pesados e um ou dois extintores de 6 Kg, consoante o peso máximo seja inferior ou superior a 10 toneladas.
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