André Ventura volta a sentir-se mal em arruada e é levado em braços

Um dia depois de receber alta devido a um episódio de espasmo no esófago durante um jantar-comício, o presidente do Chega voltou esta quinta-feira a sentir-se mal, desta vez numa arruada em Odemira. As imagens mostram André Ventura curvado e a ser amparado pela comitiva, sendo depois transportado em braços para fora do local para ser assistido pelo INEM. Irá agora realizar mais exames no Hospital do Litoral Alentejano.

Joana Raposo Santos - RTP /
Foto: Nuno Veiga - Lusa

André Ventura chegou cerca de 15 minutos após o início da arruada em Odemira, prestou declarações aos jornalistas e percorreu alguns metros durante aquela ação de campanha.

Poucos minutos depois de chegar, demonstrou estar a sentir-se mal e foi retirado da ação por elementos da equipa do partido para dentro do carro que tem usado nesta campanha eleitoral.
Cerca das 12h06 André Ventura estava a ser assistido no local por uma ambulância. Aproximadamente dez minutos depois, o veículo do INEM transportou o líder do Chega para o centro de saúde de Odemira.

A RTP confirmou entretanto que Ventura saiu desse centro de saúde numa ambulância em direção ao hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, onde irá realizar mais exames. No veículo vai acompanhado de médico e enfermeiro.

Pouco depois da indisposição na arruada, a deputada do Chega Marta Silva disse aos jornalistas que a assistência médica foi “acionada de forma normal” e que “ninguém esperava isto”.

“Ele estava muito bem e continua bem”, afirmou, antes de ser retirada do local por outro elemento do Chega, interrompendo as declarações.

Este episódio acontece depois de, na manhã de quarta-feira, o presidente do Chega ter recebido alta hospitalar. Ventura esteve uma noite internado no Hospital de Faro depois de se ter sentido mal durante um jantar-comício em Tavira.

André Ventura discursava na noite de terça-feira quando, cerca das 21h10, parou de falar. Foi de imediato amparado por elementos da comitiva e transportado de ambulância para o Hospital de Faro, onde chegou pelas 22h40.

As análises ao sangue, assim como o eletrocardiograma e o ecocardiograma, não registaram alterações. Segundo os clínicos, registou-se apenas uma alteração da tensão arterial e um aparente espasmo esofágico, o que motivou que ficasse em observação durante a noite.
"Teve o mesmo atendimento que qualquer outro doente"

Esta quinta-feira, o presidente da Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve, Tiago Botelho, confirmou à RTP que não se registou qualquer incidente a nível de segurança durante o seguimento realizado pela equipa médica a André Ventura no Hospital de Faro.

“Teve o mesmo atendimento que qualquer outro doente apresentando uma sintomatologia semelhante”, assegurou ainda o responsável.

Segundo Tiago Botelho, “houve uma decisão médica” que levou à transferência do paciente para a Unidade de Cuidados Intensivos, onde passou a noite. “Essa decisão foi exclusivamente do foro técnico”, acrescentou.

“Nós reconhecemos que a presença de uma figura pública como o dr. André Ventura no serviço de urgência causou alguma comoção”, vincou.

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