Autárquicas. PR apela ao voto dos portugueses e destaca "redobrado dever de consciência"

por Andreia Martins - RTP
Rui Ochoa - Presidência da República

Em véspera das eleições autárquicas, que se realizam este domingo, o Presidente da República destacou a importância do voto no atual contexto de crise sanitária, económica e social. "Votar amanhã é mais importante do que nunca. É um redobrado dever de consciência", apontou Marcelo Rebelo de Sousa. O Chefe de Estado agradeceu ainda o empenho dos autarcas e responsáveis locais, não só nesta campanha eleitoral, mas também ao longo do último ano e meio de pandemia. Referindo-se ao avanço da vacinação e ao levantamento das restrições, o Chefe de Estado associou o voto deste domingo à "vontade de sair da crise definitivamente e de recomeçar a viver a vida a que todos temos direito".

Na mensagem do Presidente da República a propósito das eleições autárquicas, a pandemia e a nova fase de recuperação foram os temas dominantes. Marcelo Rebelo de Sousa elogiou a “coragem cívica de todas e de todos que se empenharam em longas e difíceis campanhas”.

Aludindo ao facto de também ele, no passado, ter sido candidato a uma autarquia, o Presidente da República realçou o momento difícil em que esta campanha decorre: “Só quem foi candidato a autarca em tempos muito, muito mais simples – eu sei do que falo – pode entender bem o que é fazer campanha numa situação como esta”.

Mas a palavra de apreço foi também para os autarcas, no poder ou na oposição, pelo “sentido de sacrifício” ao longo do último ano e meio de Covid-19, em especial para os que morreram “ao serviço das populações”.

“Foram excecionais a acorrer a casos dramáticos, tantas vezes sem meios, sem tempo, para tamanhas urgências. Em casas, em lares, em escolas, em locais de trabalho e em unidades de saúde”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República destaca o trabalho de proximidade nestes meses de maior dificuldade: “Descobriram material de proteção sanitária, testes, ventiladores, improvisaram espaços de isolamento profilático, serenaram emigrantes, ajudaram infetados, apoiaram desempregados e insolventes, choraram mortos e deram força a vivos”, enalteceu.

“É isto ser-se autarca. E, ser-se autarca, numa crise, na saúde, na economia e na sociedade”, afiançou ainda Marcelo Rebelo de Sousa.

O Chefe de Estado referiu ainda, nesta mensagem, que o país olha com “exigente esperança” para todos os que vierem a ser eleitos, com a “missão especial de recuperar da mais abrupta crise do último século”.
“Recomeçar a viver”

Na antecâmara desta eleição, a 13ª que se realiza ao nível local em tempo democrático, Marcelo Rebelo de Sousa recorda as dificuldades sentidas nos últimos meses e apela diretamente ao voto dos portugueses: “Votar amanhã é mais importante do que nunca. É um redobrado dever de consciência”.

Neste apelo “como Presidente da República, mas também como português”, Marcelo Rebelo de Sousa pediu que todos se desloquem às urnas “por memória deste ano e meio que não esqueceremos”, bem como pela “vontade de sair da crise definitivamente e de recomeçar a viver a vida a que todos temos direito”.

A apontar para um futuro próximo de um regresso à normalidade possível, Marcelo Rebelo de Sousa não deixou de olhar para trás e de recordar as restrições que ainda recentemente vigoravam no país.

“As restrições permaneciam quando as eleições foram convocadas, em julho, e as candidaturas apresentadas, em agosto. E muitas dessas restrições duraram até à própria campanha eleitoral, em setembro“, sendo que o ato eleitoral que amanhã culmina envolveu “não dezenas ou centenas de portugueses, mas centenas de milhares de candidatos para três mil e noventa e duas Assembleias de Freguesia, trezentas e oito Assembleias Municipais e mais trezentas e oito Câmaras Municipais”, destacou.

Nesta mensagem de apelo ao voto, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou ainda os resultados visíveis da “notável aventura coletiva da vacinação” no combate contra a pandemia, fruto de um trabalho conjunto de vários responsáveis e instituições, mas também “da maioria esmagadora dos portugueses”.
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