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Banca em Belém eleva para 16 as audiências de Cavaco

por RTP
Cavaco Silva em visita à Madeira Homem de Gouveia - Lusa

O Presidente da República recebe esta quarta-feira os presidentes dos principais bancos a operar em Portugal. São sete audiências, das 9h00 às 17h00. Reuniões que se juntam a outras nove já realizadas na semana passada.

As audiências continuam no Palácio de Belém, uma semana após a aprovação da moção de rejeição ao programa de Governo da coligação PSD/CDS. O Presidente da República tem o dia totalmente preenchido a ouvir os representantes da banca em Portugal.

A agenda das consultas sobre a formação do Governo começa esta quarta-feira às 9h00 com o presidente executivo do Millenium BCP, Nuno Amado. Uma hora depois é a vez de receber o presidente do conselho de administração do Novo Banco, Stock da Cunha.

Ainda durante a manhã, o Chefe de Estado recebe o presidente da comissão executiva do BPI, Fernando Ulrich, e às 12h00 o presidente da comissão executiva do Santander Totta, Vieira Monteiro.

Durante a tarde serão ouvidos o presidente da comissão executiva da Caixa Geral de Depósitos, José de Matos, o presidente do conselho de administração executivo da Caixa Económica Montepio Geral, José Félix Morgado. Por fim, às 17h00, o Presidente da República recebe o presidente da Associação Portuguesa de Bancos, Faria de Oliveira.Feitas as contas, serão pelo menos 23 as audiências promovidas pelo Presidente da República.

Um dia preenchido, quando ainda faltam ouvir os partidos com assento parlamentar. São sete os partidos nestas condições. Estas audiências são obrigatórias, enquanto as restantes na agenda do Presidente derivam da vontade de Cavaco Silva sentir o pulso a várias entidades sobre a formação de governo.

Segundo apurou a Antena 1, o Presidente da República prescinde de ouvir o Conselho de Estado, uma vez que não se perspetiva a dissolução da Assembleia da República.
Natália Carvalho – Antena 1
Governo de Gestão
Na visita que efetua à Madeira, Cavaco Silva foi questionado sobre quando poderá tomar uma decisão. Não apontou datas, mas fez declarações sobre situações similares no passado. E lembrou que ele próprio liderou um executivo de gestão durante cinco meses.
Luísa Bastos, Tiago Passos, João Caldeirinha - RTP

Já depois destas declarações do Presidente da República, numa entrevista na RTP terça-feira à noite, António Costa veio dizer que um governo de gestão é a pior das soluções e que não há razão para criar “crises políticas artificiais”.

Também o PSD, pela voz do vice-presidente Marco António Costa, veio dizer estar contra um Executivo de gestão. Os social-democratas acusam o PS de ser responsável pela crise política e pelos danos económicos que Portugal poderá vir a sofrer. Mas admitem que um governo de gestão não serve os interesses do país.

Na semana passada, o Chefe de Estado realizou audiências com confederações patronais, associações empresariais e centrais sindicais.

Das nove entidades ouvidas por Cavaco Silva, duas defenderam claramente eleições antecipadas (Confederação do Agricultores e Fórum para a Competitividade) e duas pronunciaram-se explicitamente a favor de um Governo PS (as centrais sindicais UGT e CGTP), enquanto as restantes não apontaram claramente a solução que defendem.

O valor da estabilidade foi destacado pela Confederação Empresarial de Portugal, a Confederação do Turismo de Portugal e a Associação das Empresas Familiares, com esta última a dizer que considera apenas dois cenários - um Governo minoritário do PS ou um Governo de iniciativa presidencial.

Alguns parceiros sociais alertaram ainda para o risco dos acordos à esquerda do PS com BE, PCP e PEV esvaziarem a concertação social, como a Confederação Empresarial, ou o Conselho Económico e Social, cujo presidente manifestou a sua preferência por um Governo "ao centro", tal como a Confederação do Turismo.

A Confederação de Comércio e Serviços disse não simpatizar com um Governo de gestão.

c/ Lusa
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