O presidente da República decidiu dissolver a Assembleia e convocar eleições para 18 de maio. O anúncio foi feito por Marcelo Rebelo de Sousa numa declaração ao país esta quinta-feira, depois de ter reunido com o Conselho de Estado.
O presidente da República decidiu dissolver a Assembleia e convocar eleições para 18 de maio. O anúncio foi feito por Marcelo Rebelo de Sousa numa declaração ao país esta quinta-feira, depois de ter reunido com o Conselho de Estado.
José Sena Goulão - Lusa
André Ventura, do Chega, considerou que a declaração do presidente da República esta quinta-feira "foi completamente diferente de todas as outras que fez até agora" a nível da dissolução da Assembleia da República.
O secretário-geral do PS diz que estas eleições "não podem ser encaradas como um estorvo" e sublinha que "são também uma oportunidade de clarificação".
A marcação de eleições legislativas antecipadas para 18 de maio fixa o prazo limite de entrega de listas de deputados em 07 de abril e o período de campanha oficial entre 04 e 16 de maio.
O Presidente da República anunciou hoje que vai dissolver o parlamento e marcar eleições legislativas antecipadas para 18 de maio, na sequência da demissão do Governo PSD/CDS-PP liderado por Luís Montenegro imposta pela rejeição pelo parlamento da moção de confiança ao executivo na terça-feira.
De acordo com a lei eleitoral para a Assembleia da República, a apresentação das listas de candidatos a deputados "cabe aos órgãos competentes dos partidos políticos" e faz-se "até ao 41.º dia anterior à data prevista para as eleições", neste caso, 07 de abril, devendo a formalização de coligações pré-eleitorais junto do Tribunal Constitucional decorrer até um dia antes.
Já a campanha eleitoral decorrerá entre 04 e 16 de maio, uma vez que a lei fixa que esta se inicia no 14.º dia anterior e termina às 24 horas da antevéspera do dia designado para as eleições.
Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, discorda de Marcelo Rebelo de Sousa e considera que não está em causa um conflito de opiniões sobre conflito ético e sobre esclarecimentos dados ou por dar.
Inês Sousa Real, do PAN, saudou a "sensibilidade" do presidente da República de convocar eleições para 18 de maio "e não para 11 de maio, como queriam os principais partidos do sistema".
Mariana Leitão, da Iniciativa Liberal, considerou essencial que se dignifiquem as eleições e o debate público. Afirmou que espera uma campanha "focada em apresentar soluções".
Rui Tavares, do Livre, aponta que a situação atual teve origem numa crise ética diretamente ligada à figura do primeiro-ministro, e que esta poderá resultar numa "crise de regime".
Paulo Núncio, do CDS, considera que o atual Governo "merece ser reconduzido pelos portugueses" e que a atual crise é da inteira responsabilidade das oposições.
Foto: António Cotrim - Lusa
Esta é a 10ª que o Parlamento é dissolvido pelo presidente da República. Com todos os partidos a pedir a dissolução, o Conselho de Estado também votou por unanimidade pela convocação de eleições antecipadas.
Paulo Raimundo, do PCP sublinha a ideia do PR da "salvaguarda" da democracia destacada por Marcelo Rebelo de Sousa, apelando a uma resposta aos problemas dos portugueses.
Foto: António Antunes - RTP
É parte da "averiguação preventiva" anunciada pelo procurador-geral da República. De acordo com o Correio da Manhã, a suspeita estará relacionada com a transferência de clientes da sociedade de advogados de que Luís Montenegro foi sócio para a empresa da família, a Spinumviva.
Foto: Nuno Patrício - RTP
Carlos Moedas garante que a família de Luís Montenegro não foi favorecida nas obras da casa do primeiro-ministro. O presidente da Câmara de Lisboa garante que trata "todos por igual".
Luís Montenegro acusa a oposição de "jogo político baixo" e garante que não se deixa intimidar. O Presidente do PSD diz que está para durar e que a explicação para a crise é a popularidade do governo e do primeiro ministro.
Foto: José Sena Goulão - Lusa
Questionado sobre as críticas a Pedro Nuno Santos e a comparação com André Ventura durante a reunião do conselho nacional do PSD, José Pedro Aguiar-Branco diz que falou em contexto partidário.
O presidente do PS considera que o primeiro-ministro sempre quis eleições. E que a ida às urnas não serve para absolver comportamentos irregulares e ilegais, nem é uma "limpeza ética".
Rui Rio diz que o país atravessa uma crise de regime com um poder político cada vez mais fraco e desacreditado. Numa tertúlia no Porto, o ex-líder do PSD fez ainda duras criticas ao Ministério Público. Mas, em momento algum falou diretamente da atual crise política.
Foto: Gonçalo Costa Martins - Antena 1
Um ataque direto ao líder do PS e uma tentativa de normalização do Chega. É desta forma que o deputado socialista António Mendonça Mendes comenta as afirmações do presidente da Assembleia da República sobre Pedro Nuno Santos durante a reunião do Conselho Nacional do PSD.
No arranque do Conselho Nacional do PSD, esta quarta-feira, Luís Montenegro deixou críticas à oposição e considerou que a "principal razão" para a dissolução da Assembleia da República e as eleições antecipadas é o "sucesso do atual Governo e a popularidade do primeiro-ministro".
O presidente da República passou o dia de quarta-feira a receber os partidos após a queda do Governo e 11 de maio é a data que surge como a mais provável para a ida às urnas.
Foto: António Cotrim - Lusa
André Ventura disse que o Chega não apoiará Luís Montenegro para liderar um Governo depois das eleições.
Foto: Pedro A. Pina - RTP
O Governo caiu depois de um debate com muitas negociações de bastidores e propostas de última hora. O executivo ensaiou vários recuos mas não houve acordo.
O governador do Banco de Portugal pediu "respeito" pelo que disse ser a "invejável" situação orçamental e económica de Portugal.
O ministro da Economia disse que Portugal vai entrar num intervalo político, mas que na economia não há, nem pode haver, pausas.
Foto: Paulo Novais - Lusa
A Procuradoria-Geral da República abriu uma averiguação preventiva à empresa familiar de Luís Montenegro.