Política
Autárquicas 2025
Debate em síntese. Habitação, higiene, transportes e segurança são pontos quentes em Lisboa
No debate da noite de quinta-feira na RTP, os candidatos à presidência da Câmara Municipal de Lisboa sustentaram que a verdadeira sondagem vai ter lugar a 12 de outubro, dia das eleições autárquicas.
Foto: António Antunes - RTP
A última sondagem da Universidade Católica para RTP, Antena 1 e Público aponta para um empate técnico.
O confronto de posições, ao longo do debate, passou pelos temas da habitação, da higiene urbana, dos transportes e da segurança na capital.Alexandra Leitão não quer relacionar a tragédia do elevador da Glória com as intenções de voto, mas Carlos Moedas reconhece que pode ter impacto.
O confronto de posições, ao longo do debate, passou pelos temas da habitação, da higiene urbana, dos transportes e da segurança na capital.Alexandra Leitão não quer relacionar a tragédia do elevador da Glória com as intenções de voto, mas Carlos Moedas reconhece que pode ter impacto.
A candidata socialista, Alexandra Leitão, deixou aos eleitores a decisão sobre se desejam "mais quatro anos de uma cidade mais descuidada, mais degradada, mais suja, com habitação mais cara, com trânsito mais caótico, com menos iluminação pública".
Por sua vez, Carlos Moedas quis defender que "a escolha" é entre a obra dos últimos quatro anos, que considera estar "a meio", e uma coligação eleitoral que levará "o Bloco de Esquerda para dentro do executivo".
João Ferreira, da CDU, procurou descartar "a chantagem" de um voto útil que visa conduzir o eleitorado "para o menor de dois males", para acrescentar que a sua é "a equipa mais experimentada das que se apresentam às eleições".
Pelo Chega, Bruno Mascarenhas insistiu na carga contra "o sistema" e propôs-se fazer de Lisboa uma cidade "alternativa" e de "rutura completa".A pontuar o debate, que teve lugar no MUDE - Museu do Design, esteve uma ação de protesto em solidariedade com os membros flotilha hmanitária que a Marinha israelita impediu de chegar a Gaza. Pela 1h00, os candidatos mantinham-se no local por causa desta manifestação.
No domínio da habitação, Moedas reivindicou a entrega de 2.881 chaves, ao passo que Alexandra Leitão acusou o atual presidente da Câmara de "misturar chaves com casas novas".
João Ferreira defendeu, por seu turno, "urbanismo com dimensão ética, social, ecológica" e "via verde para a produção de habitação fora da lógica especulativa". A aliança entre PPM e PTP e o ADN defenderam, como a CDU, um agravamento do IMI para as 48 mil casas devolutas da cidade.
Chega, a Nova Direita e o ADN traçam o retrato de uma capital insegura. Ao que Carlos Moedas responde com a ideia de uma cidade que "é segura", embora reconheça que "alguns crimes aumentaram", para o que prescreve mais agentes da PSP e da Polícia Municipal.
Ossanda Liber, pela Nova Direita, prometeu "sangue novo, novas ideias, sem vícios, sem esquemas" e Adelaide Ferreira, pelo ADN, prometeu "dar voz" aos habitantes da cidade.