Debate Quinzenal: A guerra dos números e das estatísticas domina o discurso político

por Rui Sá, João Fernando Ramos

Os números voltaram a estar no centro do debate político no Parlamento. As estatísticas servem o discurso dos partidos e os argumentos do governo. No Jornal 2 Pedro Simões Coelho lembra a importância das estatísticas, a sua qualidade mas também as suas debilidades.
"O problema não são os números, é a exigência, que há apenas dez anos não existia, dos seus utilizadores". O especialista em estatística e responsável pela Nova IMS, "os utilizadores sao hoje mais sofisticados. Querem conhecer não apenas os grandes números, mas também os valores desagregados, querem periodicidades infra anuais até mesmo infra trimestrais, e querem margens de erro cada vez mais pequenas que os métodos tradicionais não são capazes de fornecer".

O PSD acusa o Governo de não nomear técnicos para o Conselho de Finanças Públicas porque o órgão contradiz a verdade estatística da maioria.

António Costa responde com números. Invoca a realidade segundo o INE. O CDS lembra outras estatísticas que o governo gostaria de esquecer - as da dívida.

No debate quinzenal a Esquerda não esqueceu os números impostos pela Europa: os do tratado orçamental que PCP, e Bloco de Esquerda contestam. Discursos em percentagem do PIB, mesmo quando não é de Produto Interno Bruto que se está a falar.
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