Esta noite, todos os partidos com assento parlamentar debateram entre si as ideias que defendem para as próximas eleições europeias a acontecer no próximo dia 9 de junho.
Esta noite, todos os partidos com assento parlamentar debateram entre si as ideias que defendem para as próximas eleições europeias a acontecer no próximo dia 9 de junho.
Partidos estiveram em debate entre si Pedro A. Pina - RTP
A candidata do Partido Socialista defende a necessidade de uma política fiscal mais justa onde as grandes empresas e fortunas contribuam. "Nós (socialistas europeus) não estamos disponíveis para que o investimento em mais defesa, mais segurança, seja feito à custa de outras áreas que para nós são críticas e essenciais", afirmou.
Catarina Martins defendeu que a União Europeia tem de investir em canais seguros e políticas de integração. A antiga líder do Bloco de Esquerda recusou a ideia de que "há portas escancaradas, isso é mentira", afirmou.
A cabeça de lista do PS, Marta Temido, assumiu que o novo Pacto europeu de Migrações e Asilo, apoiado pelo seu partido em Bruxelas, "não é o que assinaríamos".
Francisco Paupério defendeu que "os Direitos Humanos são inatacáveis" e que "devemos imprimir os nossos valores nos nossos tratados".
O candidato da CDU às eleições europeias acusa o Chega de querer construir um país de ódio "onde as pessoas olham umas para as outras desconfiadas e com medo".
O cabeça de lista do Livre explicou que a posição do seu partido é clara:"o povo ucraniano deve decidir quando e como acaba esta guerra, cabe-nos apoiar", cumprindo todas as regras do direito internacional.
A antiga ministra da Saúde, Marta Temido, considerou que atualmente não estão reunidas as condições para parar o conflito na Ucrânia através da via diplomática. "A questão é que as condições para essa paz têm de ser também aquelas que a Ucrânia entende que são aceitáveis", nomeadamente a integralidade do seu território, afirmou a candidata socialista às eleições europeias.
A atual candidata do Bloco de Esquerda (BE) às eleições europeias defendeu que a "Ucrânia tem o direito a defender-se e que as tropas russas devem retirar-se do território ucraniano". Catarina Martins disse que "nós devemos apoiar a Ucrânia na sua autodeterminação e no seu direito ao seu território".
O cabeça de lista da CDU às eleições europeias lamentou que o Governo português não esteja empenhado na solução de paz, nem na Ucrânia nem na Palestina, e defendeu que enviar mais armas para a Ucrânia não é apoiar. João Oliveira sublinhou a necessidade de chegar a um "acordo de paz" e acusou a União Europeia de não ter feito esforços nesse sentido. "Não vi a União Europeia insistir na paz", afirmou.
O cabeça de lista do Livre às eleições europeias defendeu que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deve voltar ao espaço democrático e à transição climática e que não se deve esquecer das promessas eleitorais que fez em 2019, nomeadamente no setor climático e no setor social.
O cabeça de lista da CDU às eleições europeias defendeu que o caminho para combater a ascensão da extrema-direita faz-se através dando a confiança à população de que a sua vida pode ser diferente. "É garantindo o respeito pelos poderes políticos, mas garantindo emprego, salários condignos, direito à habitação, à educação, à saúde", afirmou.
A candidata do Bloco de Esquerda às eleições europeias acusa a presidente da Comissão Europeia de negociar a sua recondução para mais um mandato com a extrema-direita. Catarina Martins diz que von der Leyen "diz que tem três linhas vermelhas", mas que não as cumpre e que "nessas linhas vermelhas nunca consta nem a liberdade das mulheres nem os Direitos Humanos" .
A cabeça de lista do Partido Socialista às eleições europeias está convencida de que a atual presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pode abrir as portas da governação da União Europeia à extrema-direita se for reconduzida para mais um mandato.
O candidato do PAN, Pedro Fidalgo Marques, defendeu que "temos de sair do binómio défice e dívida" e olhar para o orçamento numa "ótica de investimento" que, no seu entender, vai gerar mais economia. "Se se focar no investimento gera-se emprego", afirmou.
O candidato do partido Livre às eleições europeias disse as regras orçamentais que foram aprovadas "não permitem um investimento público para combater não só questões de saúde e habitação, mas também para incentivar a transição verde". Para Francisco Paupério, os países do sul da Europa que tem défice excessivo e dívida acima dos 60% vão "estar sempre dependentes da aprovação da UE para investir no tipo de indústria que querem" e ter menor capacidade de atrair investimento.
A cabeça de lista do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defendeu que as regras orçamentais da União Europeia representam um retrocesso e "uma imposição contra a capacidade de investimento". A líder bloquista disse que cada vez que a União Europeia teve uma crise conseguiu superá-la porque quebrou as regras. "Se tivéssemos regras boas não tínhamos que viver sempre em excecionalidade", defendeu.
O cabeça de lista da CDU, João Oliveira, disse "para um país como Portugal que precisa de fazer um investimento decisivo nos serviços públicos, no investimento para a habitação, na valorização das carreiras profissionais" as regras orçamentais da União Europeia "são um espartilho". "Não nos servem", afirmou João Oliveira.
O candidato da CDU às eleições europeias disse que o orçamento que foi aprovado no Parlamento Europeu "é exatamente o contrário" do que estava previsto, "não apenas porque há muito menos flexibilidade" mas também porque aos critérios do défice e da dívida, acresceram os critérios da despesa. "O que foi aprovado põe em causa a contratação" pública, afirmou João Oliveira.
A cabeça de lista do PS às eleições europeias, Marta Temido, afirmou que as novas regras orçamentais da União Europeia conferem maior flexibilidade e "são mais amigas do investimento".
Nos meses que antecipam as eleições europeias de junho, o Terra Europa organizou debates em escolas secundárias por todo o país.