Europeias. Partidos gastaram mais 900 mil euros do que o previsto

por RTP
Os partidos que mais gastaram nas campanhas foram o PS, BE, PSD, CDS e CDU. Miguel A. Lopes - Lusa

Nas campanhas para as eleições europeias deste ano, os 17 partidos e coligações concorrentes gastaram 4,84 milhões de euros. No total, foram gastos mais 900 mil euros do que estava previsto. O PS foi o que mais gastou na campanha para as europeias e o PAN foi o que apresentou um melhor balanço de contas.

De acordo com os dados divulgados pela Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, o Partido Socialista foi o que mais gastou na campanha para as eleições europeias. O vencedor da noite de eleições é responsável por 35 por cento do total das despesas, com um valor afixado nos 1,68 milhões de euros.

Com um orçamento inicial de 1,25 milhões, os socialistas gastaram mais 413.413 euros do que previsto. A balança das despesas e das receitas também ficou desequilibrada, com um saldo negativo de 281.680 euros.

Juntamente com o PS, o BE e o CDS também apresentaram desvios face ao plano inicial. Com gastos de cerca de 879 mil euros, os bloquistas desembolsaram mais 303.400 euros do que estipulavam no orçamento. Por sua vez, os centristas despenderam 151.918 euros a mais do que previsto.

Numa menor escala relativamente ao PS, o CDS apresentou igualmente resultados negativos, com uma diferença de 7320 euros entre os gastos e as receitas.

No total, os 17 partidos desembolsaram 4,84 milhões de euros. Os partidos que mais gastaram nas campanhas foram o PS, BE, PSD, CDS e CDU. No entanto, nem todos chegaram ao final com saldo negativo.
PAN com o melhor balanço
Feitas as contas, foram gastos mais 900 mil euros do que estava previsto nas campanhas para as eleições europeias. Porém, alguns partidos acabaram por obter lucro.

No caso do PSD, o orçamento estava fixado nos 890 mil euros, mas os sociais-democratas apresentaram gastos que rondam os 881 mil euros, economizando 8461 euros. Relativamente à receita, o PSD - que obteve o pior resultado de sempre em eleições europeias - apresentou uma conta muito próxima à das despesas.

Já o Bloco de Esquerda, apesar de ter concluído as contas com um desvio relativo ao orçamento que ascende os 300 mil euros, não ficou com qualquer diferença entre as receitas e as despesas.

A CDU também apresentou um saldo positivo. Os comunistas apresentaram um orçamento de 850 mil euros, mas os gastos rondaram os 690 mil euros. Encabeçada por João Ferreira, a coligação terminou as contas com um diferencial positivo de cerca de 1600 euros, com uma receita de 690.494 euros.

De acordo com o relatório da Entidade de Contas, o PAN também fechou as contas com um saldo positivo e é o que apresenta um melhor balanço. O partido que elegeu pela primeira vez um eurodeputado, gastou menos 10.722 euros do que estava delineado no orçamento. Relativamente às receitas, o partido Pessoas-Animais-Natureza conseguiu economizar 1983 face às despesas.

O Basta foi o que mais ficou aquém da conjetura económica inicial. Liderada por André Ventura, a coligação apresentou um orçamento de 500 mil euros, tendo apenas despendido 24.316 na campanha. Para além disso, a receita também se ficou apenas nos 15.604 euros.

O Aliança gastou cerca de três mil euros, o PCTP mais de 11 mil, o MAS 3835 e o Livre 7851. Todos eles ficaram dentro do orçamento. O Iniciativa Liberal, por sua vez, gastou mais de 37 mil euros, apresentando um desvio negativo de 9059 euros.

Os partidos Nós, Cidadãos!, Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP) e o Partido Nacional Renovador (PNR) não apresentaram as contas finais à Entidade das Contas.
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