Iniciativa Liberal rejeita "cheques em branco" ao Governo da AD

por Antena 1

Com uma entrada no novo Governo da Aliança Democrática (AD) ainda em aberto, a Iniciativa Liberal (IL) garante que está "disponível" para dialogar com Luís Montenegro, mas avisa que não passa "cheques em branco" ao futuro Executivo - que se prepara para tomar posse a 2 de abril.

"A IL nunca estará disponível para passar cheques em branco, obviamente", avisa, em declarações à Antena 1, no programa Entre Políticos, a deputada liberal Joana Cordeiro.

Em Belém, depois da audiência com o Presidente da República - ainda antes da indigitação como primeiro-ministro -, Luís Montenegro afirmou estar concentrado numa "economia mais forte" e num "percurso de crescimento duradouro" que possa permitir pagar "melhores salários" e ter uma classe média "mais desafogada".

Nesse sentido, a deputada da IL salienta que também os liberais acompanham a AD no "foco no crescimento económico e na melhoria dos serviços públicos".

Mas, quanto à valorização das carreiras de médicos, professores ou das forças de segurança - onde o PS já se comprometeu a dar aval a um eventual orçamento retificativo que venha a ser apresentado pela AD -, Joana Cordeiro assinala: "A questão é se Luís Montenegro vai cumprir aquilo a que se propõe. Vamos estar muito atentos".
BE duvida de "compromissos" da AD e vai pressionar novo Governo
Pelo Bloco de Esquerda, a deputada e dirigente Joana Mortágua manifesta dúvidas sobre o programa que vai ser apresentado pelo novo Executivo liderado por Luís Montenegro e avisa que os bloquistas vão insistir em propostas para a valorização das carreiras.

"Estou muito curiosa para saber até que ponto é que o programa do Governo vai, ou não, incluir um conjunto de promessas de partida que a AD fez, mas que agora é preciso concretizar", diz, na Antena 1, a deputada, que garante ainda: "Mas também não vamos deixar essa iniciativa à AD".


Assim, Joana Mortágua sublinha que o BE também tem compromissos que "vão ao encontro das reivindicações destes profissionais", salientando que são compromissos "muito mais concretos" do que os anunciados pela coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM.

"Em relação aos polícias, a AD prometeu iniciar um diálogo, enquanto o BE se comprometeu com uma proposta para equiparar o subsídio de risco [recebido pela PJ]", afirma.
E conclui: "Nós não deixaremos de apresentar os nossos compromissos eleitorais e de confrontar os outros partidos com as promessas que fizeram".
pub