Lobo Antunes defende que não havia opressão intelectual na Acção Católica

por Sandra Henriques

Foto: Antena1

O professor catedrático jubilado João Lobo Antunes defende que é injusto afirmar-se que havia opressão intelectual.

“Dizer que havia uma opressão intelectual é injusto. Não é verdade”, argumenta Lobo Antunes, em entrevista à jornalista da Antena 1 Maria Flor Pedroso.

O antigo diretor do serviço de Neurocirurgia do Hospital de Santa Maria foi dirigente da Juventude Universitária Católica, um movimento da Acção Católica, nos anos 1960. À época, publicava-se o Jornal Encontro, que continha artigos de bispos e sobre bispos que eram contra a situação do país, como D. Sebastião de Resende e D. António Ferreira Gomes.

“Em parte era uma forma de oposição, coberta pela Concordata. O jornal que nós publicávamos não ia à censura. Há tempos tive a oportunidade de rever o Encontro e é muito interessante quem escrevia lá e o que se dizia lá. As vozes da Igreja de que nós gostávamos eram dos bispos que mais vigorosamente se opunham à situação. Dizer que havia uma opressão intelectual é injusto, não é verdade”, recorda.
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