O Presidente afirmou que o Orçamento do Estado está contaminado pelo "clima eleitoral". Mas insistiu não ter dúvidas de que o documento vai ser aprovado.
A setes meses das europeias, e a um ano das legislativas, Marcelo Rebelo de Sousa admite que a tentação do voto esteja a contaminar todos os partidos.
O presidente explica-se: "Por aquilo que eu tenho visto das propostas mais variadas de todos os lados, é evidente que além de uma procura de justiça social acrescida com a folga que o crescimento económico permite, e que a gestão orçamental permite, que é evidente que cada qual tenta apresentar propostas diferentes, quer quem apoia o governo, quer quem está na oposição, que não digo que sejam propostas a pensar só em eleições, mas que naturalmente têm reflexos eleitorais".
O presidente da República acredita que as metas orçamentais vão ser cumpridas. A folga criada pelo crescimento e pela redução dos juros da divida permite acomodar o aumento da despesa. A aprovação do orçamento é, para Marcelo Rebelo de Sousa, mais que garantida e que, como vem prevendo desde há seis meses "não iria haver uma crise política até ao fim da legislatura".