O líder demissionário da Região Autónoma da Madeira, Miguel Albuquerque, foi esta quinta-feira reeleito presidente do PSD Madeira, derrotando o seu adversário, Manuel António Correia.
“Esta eleição foi muito importante porque mobilizou as pessoas. As pessoas foram livres de optar sobre a orientação e o líder que queriam para o partido e isso veio incutir no PSD Madeira uma dinâmica nova, importante e veio sobretudo legitimar a minha liderança e a minha condição política”, declarou o vencedor perante os jornalistas.
Miguel Albuquerque disse ainda ter a certeza de que quando forem a eleições, “se for caso disso”, o PSD vai continuar “a ser o partido líder da Madeira”.
“Nós não temos medo de ir a eleições e estamos preparados, como sempre estivemos, para o fazer”, insistiu, relembrando que desde 2015 a sua direção não perdeu nenhuma eleição.
“Nós não temos medo de ir a eleições e estamos preparados, como sempre estivemos, para o fazer”, insistiu, relembrando que desde 2015 a sua direção não perdeu nenhuma eleição.
Em declarações aos jornalistas no Funchal, Manuel António Correia agradeceu por sua vez a todos os que “fizeram um trabalho extraordinário” na sua campanha, salientando que “grande parte dos militantes” o ouviram e concordaram consigo.
Esta foi a segunda vez que Miguel Albuquerque venceu Manuel António Correia numa
disputa interna pela presidência do partido, tendo o primeiro confronto
ocorrido em 2014, para escolher o sucessor do histórico líder Alberto
João Jardim.
O ato eleitoral desta quinta-feira aconteceu na sequência da crise política provocada pela demissão de Miguel Albuquerque do cargo de presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP), em janeiro, após ser constituído arguido numa investigação judicial sobre suspeitas de corrupção no arquipélago.
Miguel Albuquerque, de 62 anos, é advogado e tem no seu currículo político a presidência da Câmara do Funchal (1994-2013) e do Governo Regional da Madeira, desde 2015.
Pediu a demissão a 26 de janeiro, depois de a deputada única do PAN ter recusado cumprir o acordo de incidência parlamentar que garantia a maioria absoluta da coligação PSD/CDS na Assembleia Legislativa da Madeira.
Pediu a demissão a 26 de janeiro, depois de a deputada única do PAN ter recusado cumprir o acordo de incidência parlamentar que garantia a maioria absoluta da coligação PSD/CDS na Assembleia Legislativa da Madeira.