"Nada importante para as pessoas". Luís Montenegro esquiva-se a questão sobre coligação do PSD com o Chega

por RTP

Foto: Miguel Pereira da Silva - Lusa

O líder do PSD sublinhou esta quarta-feira que "governar um país não se compadece com falta de maturidade política". Luís Montenegro diz que não alinha em jogos políticos estéreis onde se "discute coisas que não são nada importantes para a vida das pessoas". "O PSD está concentrado em construir uma alternativa de futuro para governar Portugal" e "estamos aqui para pressionar o Governo a cumprir o seu programa", declarou.

“Nós estamos num tempo onde aquilo que se exige a um partido como o PSD é que fiscalize o Governo e constitua e construa uma alternativa de futuro para governar Portugal”, insistiu o líder social-democrata, garantindo que não “alinha em distrações” nem em “jogos políticos estéreis”.

Para Montenegro, o que as pessoas querem do Governo é que cumpra o seu programa e o que querem da oposição é que pressione o Governo a cumprir o seu programa.

“E devo confessar, inclusivamente, que dentro deste teatro político (…) o dr. António Costa e o dr. André Ventura são irmãos gémeos, porque ambos têm aproveitado o tempo ou grande parte dele para tentar desviar as atenções daquilo que é importante”, declarou.

“Só que eu estou verdadeiramente concentrado naquilo que preocupa as pessoas e a minha coligação preferencial é com os portugueses”.

Luís Montenegro enumerou outras semelhanças entre o primeiro-ministro e o líder do Chega, considerando que ambos “são muito parecidos, muito repentistas, precipitam-se muito, às vezes até se excitam muito com determinados acontecimentos e determinadas expressões”.

Questionado sobre o anúncio de Marcelo Rebelo de Sousa esta quarta-feira acerca de visitas pelo país às obras incluídas no PRR, o social-democrata entende que o presidente da República “tem sido muito exigente e reincidente no aviso que tem feito ao Governo de que o PRR está a ser executado com muita lentidão e de que os efeitos destes muitos milhões de euros não estão a chegar à economia real”.

“E eu só posso dizer que acompanho na plenitude essa preocupação do senhor presidente da República”, acrescentou.
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