Orçamento Participativo: "Queremos convocar as pessoas a pensar o país"

por João Fernando Ramos, Rui Sá

O Governo reservou três milhões de euros do Orçamento do Estado para este ano para um projeto onde cada um de nos pode estar envolvido. É uma experiência piloto a nível mundial. Quem vai decidir, onde e como gastar, o dinheiro são exclusivamente os cidadãos.
"Queremos que as pessoas percebam que mobilizarem-se e envolverem-se resulta sempre em algo de positivo", adianta no Jornal 2 Graça Fonseca que promovendo este projeto quer "convocar as pessoas a pensar o país".

Não existindo experiências anteriores, e assumindo 2017 como um ano de aprendizagem, "limitamos os projetos a candidatar a quatro áreas: Cultura, Agricultura, Ciência e Formação de Adultos", explica no Jornal 2 a Secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa.

O Orçamento Participativo tem estado apenas no programa das autarquias. A ideia é agora fazer crescer esta ligação do Estado aos cidadãos e fomentar os princípios da cidadania responsável.

Graça Fonseca explica que até 21 de abril o governo vai promover uma série de encontros por todo o país para reunir contributos para este Orçamento Participativo. "Começamos esta segunda-feira por Braga, desafiando as pessoas para nos trazerem propostas. Estava-mos à espera que aparecessem projetos muito locais, mas curiosamente todas as propostas envolvem varias cidades, várias instituições".

Para além de financiar bons projetos, o Orçamento Participativo do Estado quer promover a qualidade da democracia e a participação dos cidadãos.

Quarta, quinta e sexta feira o governo promove reuniões participativas noutros concelhos do Minho: a saber Caminha, Viana do Castelo e Arcos de Valdevez. A intenção é não circunscrever a iniciativa às capitais de distrito, mas recolher as ideias e os projetos da pequena vila, à grande cidade. "ao longo dos próximos quatro meses vamos fazer 50 a 60 encontros destes", explica Graça Fonseca.
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