Política
Pacote laboral é "estudo prévio". Ministro da Economia quer ver parceiros a "definir ritmo" de salários
“Os parceiros sociais que vão ser envolvidos nesta discussão devem ter a oportunidade de definir a que rimo é que estão disponíveis para que os salários possam chegar à média europeia”, afirmou Castro Almeida.
O ministro da Economia e da Coesão Territorial expressou a vontade, este sábado, de ver os parceiros sociais envolvidos na discussão do pacote laboral a contribuir para “definir a que rimo” devem evoluir os salários no país. Isto para “chegar à média europeia”.
“Os parceiros sociais que vão ser envolvidos nesta discussão devem ter a oportunidade de definir a que ritmo é que estão disponíveis para que os salários portugueses possam chegar à média europeia”, afirmou Castro Almeida a partir do Porto, à margem da apresentação do festival Air Invictus, que se irá realizar em junho na Invicta, Maia, Matosinhos e Gaia.
Quando questionado sobre o papel a desempenhar pelo Governo, o titular da pasta da Economia quis salientar que, no ano passado, Portugal “foi o país de toda a OCDE onde os salários mais cresceram”.
“Estamos a falar, além da Europa toda, de países como os Estados Unidos, o Canadá, a Austrália, o Japão. De todos esses países, Portugal foi onde os salários mais cresceram em 2024. E em 2025 ainda não é possível dizer isso, mas é possível dizer que os salários vão crescer mais do que a média europeia, novamente”, advogou.Castro Almeida prosseguiu com números, sinalizando que o “PIB per capita médio em 2023, que era de 81 por cento da média europeia, em 2024 passou para 82,4 por cento”.
“É um pequeno salto de 1,4 pontos, mas nós estávamos a 19 pontos da média europeia, já só estamos a 17,6 pontos. E se fizermos isto todos os anos devemos chegar à média europeia, que é um princípio de sonho que eu acho que Portugal devia adotar”, acentuou.
Ainda segundo o ministro, a evolução continuará se “as empresas forem mais competitivas, se o trabalho for mais produtivo”: “É isto que permite pagar melhores salários”.
“Todo o objetivo do pacote laboral para aumentar a competitividade da economia. É esse o seu objetivo. E é a essa luz que ele deve ser discutido”, propugnou.Em entrevista ao podcast da Antena 1 Política com Assinatura, na passada quarta-feira, Castro Almeida defendeu que, “se os parceiros sociais acharem que não são estas e são outras, é preciso ajustar as propostas” do pacote laboral. O ministro da Economia e da Coesão Territorial abriu assim a porta a alterações ao anteprojeto do Governo.
Este sábado, ainda relativamente ao anteprojeto que levou à greve geral de 11 de dezembro, o ministro voltou à carga com a ideia de que se trata de “um estudo prévio”, em “fase preliminar”.
O momento, reiterou, é “para discutir com os parceiros sociais, com as associações sindicais, com as associações patronais, com o Governo a procurar mediar a posição entre uns e outros”.
Manifestação marcada para janeiro
Na sexta-feira, a CGTP veio anunciar uma manifestação contra o pacote laboral para o próximo dia 13 de janeiro.
“Depois da grande greve geral do passado dia 11 de dezembro, onde os trabalhadores se fizeram ouvir e afirmaram bem alto a sua rejeição ao pacote laboral e a exigência da sua retirada, a CGTP-IN decidiu marcar para o próximo dia 13 de janeiro de 2026 uma manifestação, com início pelas 14h30 no Camões seguindo para São Bento”, adiantou a Intersindical em comunicado.
“A CGTP-IN desenvolveu ao longo destes últimos meses um abaixo-assinado onde milhares de trabalhadores foram contactados, esclarecidos, informados e mobilizados”, fez notar a central sindical.
“São dezenas de milhares os trabalhadores que, com a sua assinatura, expressaram a rejeição deste assalto aos direitos e às condições de trabalho que serão, no próximo dia 13 de janeiro, entregues ao primeiro-ministro”.Luís Montenegro recebe a CGTP a 7 de janeiro. Em cima da mesa estará, uma vez mais, a rejeição, por parte da Intersindical, da proposta Trabalho XXI, o anteprojeto do Governo de PSD e CDS-PP apresentado a 24 de julho.
Por seu turno, o secretário-geral da UGT, Mário Mourão, foi recebido na passada terça-feira pela ministra do Trabalho, Rosário Palma Ramalho, tendo indicado que a central sindical vai agora avançar com uma contraproposta.
c/ Lusa
“Os parceiros sociais que vão ser envolvidos nesta discussão devem ter a oportunidade de definir a que ritmo é que estão disponíveis para que os salários portugueses possam chegar à média europeia”, afirmou Castro Almeida a partir do Porto, à margem da apresentação do festival Air Invictus, que se irá realizar em junho na Invicta, Maia, Matosinhos e Gaia.
Quando questionado sobre o papel a desempenhar pelo Governo, o titular da pasta da Economia quis salientar que, no ano passado, Portugal “foi o país de toda a OCDE onde os salários mais cresceram”.
“Estamos a falar, além da Europa toda, de países como os Estados Unidos, o Canadá, a Austrália, o Japão. De todos esses países, Portugal foi onde os salários mais cresceram em 2024. E em 2025 ainda não é possível dizer isso, mas é possível dizer que os salários vão crescer mais do que a média europeia, novamente”, advogou.Castro Almeida prosseguiu com números, sinalizando que o “PIB per capita médio em 2023, que era de 81 por cento da média europeia, em 2024 passou para 82,4 por cento”.
“É um pequeno salto de 1,4 pontos, mas nós estávamos a 19 pontos da média europeia, já só estamos a 17,6 pontos. E se fizermos isto todos os anos devemos chegar à média europeia, que é um princípio de sonho que eu acho que Portugal devia adotar”, acentuou.
Ainda segundo o ministro, a evolução continuará se “as empresas forem mais competitivas, se o trabalho for mais produtivo”: “É isto que permite pagar melhores salários”.
“Todo o objetivo do pacote laboral para aumentar a competitividade da economia. É esse o seu objetivo. E é a essa luz que ele deve ser discutido”, propugnou.Em entrevista ao podcast da Antena 1 Política com Assinatura, na passada quarta-feira, Castro Almeida defendeu que, “se os parceiros sociais acharem que não são estas e são outras, é preciso ajustar as propostas” do pacote laboral. O ministro da Economia e da Coesão Territorial abriu assim a porta a alterações ao anteprojeto do Governo.
Este sábado, ainda relativamente ao anteprojeto que levou à greve geral de 11 de dezembro, o ministro voltou à carga com a ideia de que se trata de “um estudo prévio”, em “fase preliminar”.
O momento, reiterou, é “para discutir com os parceiros sociais, com as associações sindicais, com as associações patronais, com o Governo a procurar mediar a posição entre uns e outros”.
Manifestação marcada para janeiro
Na sexta-feira, a CGTP veio anunciar uma manifestação contra o pacote laboral para o próximo dia 13 de janeiro.
“Depois da grande greve geral do passado dia 11 de dezembro, onde os trabalhadores se fizeram ouvir e afirmaram bem alto a sua rejeição ao pacote laboral e a exigência da sua retirada, a CGTP-IN decidiu marcar para o próximo dia 13 de janeiro de 2026 uma manifestação, com início pelas 14h30 no Camões seguindo para São Bento”, adiantou a Intersindical em comunicado.
“A CGTP-IN desenvolveu ao longo destes últimos meses um abaixo-assinado onde milhares de trabalhadores foram contactados, esclarecidos, informados e mobilizados”, fez notar a central sindical.
“São dezenas de milhares os trabalhadores que, com a sua assinatura, expressaram a rejeição deste assalto aos direitos e às condições de trabalho que serão, no próximo dia 13 de janeiro, entregues ao primeiro-ministro”.Luís Montenegro recebe a CGTP a 7 de janeiro. Em cima da mesa estará, uma vez mais, a rejeição, por parte da Intersindical, da proposta Trabalho XXI, o anteprojeto do Governo de PSD e CDS-PP apresentado a 24 de julho.
Por seu turno, o secretário-geral da UGT, Mário Mourão, foi recebido na passada terça-feira pela ministra do Trabalho, Rosário Palma Ramalho, tendo indicado que a central sindical vai agora avançar com uma contraproposta.
c/ Lusa