Passos desafia ministro da Defesa a esclarecer afirmações sobre "documento fabricado"

por Antena 1

Foto: Miguel A. Lopes - Lusa

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, desafiou segunda-feira o ministro da Defesa a esclarecer as afirmações de que o documento noticiado pelo Expresso seria fabricado e com objetivos políticos, considerando "desastrada e desastrosa" toda a gestão deste caso.

No final de uma visita à Associação Cultural e Recreativa de Fornelo, freguesia do concelho Fafe (Braga), ao lado do candidato do PSD/CDS Eugénio Marinho, o líder social-democrata foi questionado sobre as declarações de Azeredo Lopes, feitas no domingo à Agência Lusa, nas quais admite que o noticiado relatório dos serviços de informações militares sobre o furto de armamento da base de Tancos tenha sido fabricado e que possam existir "objetivos políticos" na sua divulgação.

"Quando se diz que alguma coisa é fabricada e tem propósitos políticos, a primeira interpretação é que alguém, maldosamente no espaço político está a querer criar embaraços políticos ao Governo, não vejo quem possa ser, mas cabe ao ministro esclarecer", disse.

Questionado se as palavras do ministro procuram imputar alguma responsabilidade ao PSD, Passos Coelho escusou-se a fazer essa leitura e respondeu: "Se o Governo está com essas declarações a querer responsabilizar o PSD isso será não só ridículo, mas a completa falta de senso político nesta matéria".

"Nós não fazemos insinuações ou sugestões, há responsabilidade do Governo que não está a ser tomada. O Governo tem sido desastroso e desastrado a gerir esta matéria", acusou Passos Coelho.
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