Reportagem

Presidente da República aceita composição do XXV Governo Constitucional

O presidente da República aprovou, esta quarta-feira, a composição do XXV Governo, depois de se ter reunido com o primeiro-ministro indigitado em Belém. Marcelo Rebelo de Sousa vai dar posse na quinta-feira aos ministros e, na sexta-feira, aos secretários de Estado.

Joana Raposo Santos, Mariana Ribeiro Soares, Cristina Sambado, Carlos Santos Neves - RTP /

António Cotrim - Lusa

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Lusa /

Ordem dos enfermeiros saúda recondução da ministra da Saúde

Num nota hoje divulgada, o bastonário da OE, Luís Filipe Barreira, adianta que, num setor marcado por grande rotatividade e promessas sucessivamente adiadas, "esta recondução é uma oportunidade para consolidar o trabalho iniciado".

"Esperamos que o Governo cumpra os compromissos assumidos com os enfermeiros e avance com coragem nas reformas de que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) precisa, afirma, sublinhando que "a ordem manterá uma postura construtiva, mas exigente."

Luis Filipe Barreira lembra que em apenas dez anos, o país conheceu cinco ministros da Saúde e que esta constante mudança tem dificultado reformas estruturais que exigem tempo, salientando que a atual ministra, hoje reconduzida no cargo, "herdou uma realidade difícil, num SNS degradado por anos de desinvestimento" e que "demonstrou, desde o início, proximidade com os profissionais, conhecimento técnico e vontade de construir soluções em diálogo".

"Com a sua recondução, o Governo tem agora condições para avançar de forma determinada. A reforma dos cuidados de saúde primários, o reforço dos cuidados continuados, a modernização das carreiras e a valorização real dos profissionais não podem continuar a ser adiadas", considera.

O bastonário destaca que entre as medidas por concretizar, destacam-se dois compromissos eleitorais assumidos pelo Governo e que a Ordem acompanhará com especial atenção: a criação do internato em enfermagem e a atribuição da competência da prescrição aos enfermeiros no âmbito do desenvolvimento da prática avançada.

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Lusa /

CCP vê vantagens na junção da Economia e Coesão Territorial

Na leitura do presidente da CCP, "o Ministério da Economia tem sido desvalorizado" por "muitos governos, de todas as cores políticas", considerando que um "dos grandes problemas" residia no facto de os projetos e a aplicação dos fundos comunitários "circular entre dois ministérios", o que gerava "entropias".

Neste contexto, Vieira Lopes vê como positiva a junção das duas áreas sob a mesma tutela, mas aponta dois desafios.

"O primeiro [desafio] é se se consegue combater a burocracia e tudo aquilo que perturba neste momento a aplicação dos fundos", referiu, apontando que se correm sérios riscos de o PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] não poder ser aplicado integralmente numa série de projetos e os atrasos no Portugal 2030.

A este junta-se o desafio de inverter a degradação dos centros das cidades, através de uma política de cidades: "Neste momento, os centros das cidades estão a degradar-se. Estão a prejudicar não só os habitantes das localidades, mas como também a própria economia e, qualquer dia, também o mesmo turismo. E não tem havido uma coordenação clara do urbanismo comercial, enfim, licenciamentos, mobilidade nos centros das cidades", afirmou.

Olhando já para a preparação da proposta do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), João Vieira Lopes espera que esta integre de "forma muito mais clara" o "famoso choque fiscal", considerando que as medidas tomadas até agora "foram de pequena monta".

Ainda assim, admite que a revisão em baixa do crescimento da economia e a possibilidade de regresso a défices a partir de 2026 projetadas por vários organismos possa colocar risco no cumprimento de algumas promessas eleitorais, ressalvando que é, no entanto, necessário avançar no caminho do desagravamento fiscal.

Para a CCP é ainda fundamental que a Concertação Social seja valorizada e que sejam cumpridos os acordos já assinados, sendo este um desafio para o Ministério do Trabalho e que Maria do Rosário Ramalho terá, após as "circunstâncias políticas" terem levado o Governo anterior a viver "muito tempo, na prática, em campanha eleitoral".

"Achamos que, neste momento, tem que ser valorizada claramente a Concertação Social, têm de ser cumpridos os acordos já assinados e vários aspetos que ficaram pendentes como o gestão do trabalho e outros têm que ser abordados", precisou.

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Lusa /

Associação Sindical da PSP espera que nova ministra continue trabalho de Margarida Blasco

Em declarações à Lusa, o presidente da ASPP/PSP, Paulo Santos, defendeu que a questão mais importante para esta estrutura sindical está relacionada com o processo negocial iniciado pelo anterior governo, em janeiro deste ano, que espera que Maria Lúcia Amaral possa retomar.

"Esperamos que a senhora ministra possa encarar aquilo que foi feito pela doutora Margarida Blasco para tratar de matérias estruturais e que tenha a sensibilidade de retomar as negociações", disse Paulo Santos.

Em janeiro deste ano, as associações sindicais da PSP e da GNR deram início a uma ronda negocial para discutir tabelas remuneratórias, carreiras e revisão dos suplementos, mas as reuniões foram interrompidas com a queda do anterior governo.

Agora, o presidente da ASPP/PSP sublinhou que "é determinante saber se o Governo quer recomeçar as negociações" e que "o importante é a linha orientadora que o Governo tem para dar às forças policiais".

Com 68 anos, Maria Lúcia Amaral foi a escolha do primeiro-ministro, Luís Montenegro, para substituir Margarida Blasco no cargo de ministra da Administração Interna.

Maria Lúcia Amaral foi pela primeira vez eleita Provedora de Justiça pela Assembleia da República a 20 de outubro de 2017, tendo tomado posse do cargo a 02 de novembro do mesmo ano, e quatro anos depois, a 03 de dezembro de 2021, tomou posse para um segundo mandato.

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Lusa /

Magistrados do MP veem recondução da ministra como oportunidade para consolidar dossiês

"Mais do que a escolha de nomes, o que verdadeiramente importa é a concretização de medidas eficazes e coerentes que assegurem a autonomia do Ministério Público, reforcem os meios de investigação criminal e promovam uma Justiça mais célere, acessível e respeitada, como é o caso da distribuição eletrónica de processos, a valorização das carreiras e o investimento no setor", refere uma nota do sindicato, em reação à recondução da ministra da Justiça no novo Governo.

Para a estrutura presidida por Paulo Lona, ao garantir a continuidade de Rita Alarcão Júdice, "o Governo assume também a responsabilidade de ir ao encontro das legítimas preocupações que o SMMP tem vindo a expressar".

"Espera-se, por isso, que esta nova etapa permita superar bloqueios anteriores e abra espaço para um diálogo mais construtivo e consequente entre o Ministério da Justiça (MP) e o SMMP", afirma o sindicato.

"Concretamente, no que concerne ao défice de magistrados, o SMMP deseja que o MJ adote soluções que colmatem a necessidade urgente e visível de meios humanos no MP, nomeadamente com a concretização urgente de um curso especial de magistrados".

Na nota, o SMMP afirma estar disponível para "colaborar na construção de soluções em prol da Justiça, sem esquecer a defesa da autonomia do Ministério Público e o exercício condigno das funções dos seus magistrados, nomeadamente, asseguradas pela implementação de Medicina do Trabalho e de gabinetes de apoio psicológico".

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Momento-Chave
RTP /

Pedro Reis fora do governo. Notícia recebida com surpresa no Ministério

Foto: RTP

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Lusa /

Nova MAI já tem conhecimento de alguns dos problemas dos bombeiros, diz Liga

"As palavras bombeiros e Liga dos Bombeiros Portugueses não são estranhas à nova ministra", disse à Lusa o presidente da LBP, António Nunes, dando conta de que os dirigentes da Liga se reuniram duas vezes com Maria Lúcia Amaral, enquanto provedora de Justiça, a quem apresentaram muitos dos problemas do setor.

Segundo António Nunes, Maria Lúcia Amaral, hoje nomeada ministra da Administração Interna, "já teve contacto" com os problemas dos bombeiros.

O presidente da Liga disse também que a nomeação de Maria Lúcia Amaral para MAI em plena época de incêndios florestais não terá qualquer interferência, uma vez "os bombeiros já estão mecanizados com a resposta" e o sistema já está montado.

António Nunes considerou que só em outubro ou novembro deverá ser revertida a estrutura operacional da Proteção Civil à organização por distritos, acabando com os atuais comandos sub-regionais, criados há dois anos, uma questão que ficou pendente da anterior legislatura.

Para o responsável, o Governo não deve querer fazer esta reforma neste momento de incêndios florestais.

Em causa está a divisão territorial do sistema de proteção civil feito pelo Governo socialista que acabou com os 18 comandos distritais de operações e socorro (CDOS), pretendendo o executivo reativar os CDOS e acabar 24 comandos sub-regionais de emergência e proteção civil.

A anterior ministra remeteu a concretização desta medida para depois das eleições.

Com 68 anos, Maria Lúcia Amaral, atual provedora de Justiça, foi a escolha do primeiro-ministro, Luís Montenegro, para substituir Margarida Basco no cargo de ministra da Administração Interna.

António Nunes considerou que a anterior equipa do MAI "demorava demasiado tempo a fazer alguns ajustamentos" necessários, esperando por isso que a nova ministra seja "mais acutilante" e "consiga ultrapassar as questões burocráticas".

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Lusa /

CIP destaca reforma do Estado e papel central da Economia

"Um país que não tem uma administração pública eficiente e os serviços a funcionar de forma eficiente para as pessoas, famílias e empresas, é um país que não funciona ou não está ao nível do seu potencial", afirmou o presidente da CIP, Armindo Monteiro, em declarações à Lusa.

Para a confederação, a primeira medida para a reforma do Estado deve ser a identificação do desperdício, uma vez que existem serviços que "não servem ninguém".

Já sobre o ministro que vai assumir esta pasta, Gonçalo Matias, a CIP disse ser um profissional com provas dadas, que conhece bem o Estado e as suas funções e que sabe construir métricas que identifiquem os desperdícios e ineficiências que existem.

Armindo Monteiro destacou ainda a centralidade que a Economia "parece ter neste novo elenco", ao surgir em quarto lugar na orgânica do Estado, sublinhando que o que permite pagar todas as funções do Estado são os impostos gerados pela economia.

"Se não tivermos o cuidado de olhar para o mundo e perceber que a governação de Portugal tem a ver com o momento em que nos encontramos, vamos ter um país menos próspero, com mais dificuldades", apontou.

Relativamente à escolha de Castro Almeida para ministro da Economia, acumulando com a Coesão Territorial, Armindo Monteiro afirmou que se trata de alguém com "profunda experiência administrativa a nível central e local", que conhece bem o território e o tecido empresarial.

A CIP espera ainda que haja uma capacidade de trabalho em equipa, de modo a que Portugal tenha capacidade de crescer e ser um país próspero.

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RTP /

Novo Governo. Oposição critica continuidade da ministra da Saúde

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RTP /

Novo Governo. Montenegro cria Ministério da Reforma do Estado

Deixa de haver Ministério da Economia e Manuel Castro Almeida assume essa pasta juntamente com a Coesão Territorial, que já tutelava.

Margarida Balseiro Lopes também ganha novas responsabilidades. Fica com a Cultura, que deixa de estar num ministério autónomo, ganha também a tutela do Desporto e mantém a da Juventude.

O Governo soma 16 ministros e um Ministério novo.
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Antena1 /

Recondução da ministra da Saúde é "excelente notícia" para os enfermeiros

Rodrigo Lobo - RTP

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Alexandre sergio /

SIM vê continuidade na Saúde como "sinal de estabilidade" para o SNS

Reuters

Nuno Rodrigues, presidente do SIM, considera a recondução da ministra como um "sinal de estabilidade" para o Serviço Nacional de Saúde e para o próprio ministério. 
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Momento-Chave
RTP /

"Continuidade de Ana Paula Martins é incompreensível", diz Bloco

Mariana Mortágua assinalou esta tarde a continuação de Ana Paula Martins no Executivo de Luís Montenegro. "É incontornável esta escolha que o Governo faz e que envia uma mensagem ao país: o SNS é para continuar a destruir", declarou.

"O Governo não tem uma resposta para o SNS, não sabe como resolver o problema e a única política que tem é de entregar o SNS aos bocados aos operadores privados da saúde", acusou a bloquista.

"É um Governo de continuidade. É um PSD a dar continuidade ao seu programa para o país", acrescentou.
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Lusa /

Municípios criticam junção de Ministério da Coesão Territorial com Economia

"A Coesão Territorial mereceria um ministro que não acumulasse a economia", afirmou Luís Salgueiro à Lusa, depois de questionada sobre a escolha de Manuel Castro Almeida para assumir o Ministério da Coesão Territorial, que já liderava, e que, agora, acumula com a Economia.

Segundo Luísa Salgueiro, também presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, no distrito do Porto, a escolha de Castro Almeida é uma "opção de continuidade" e alguém que já conhece bem os dossiês que a ANMP tem em aberto.

Desejando-lhe um bom mandato, a socialista referiu que é preciso decidir sobre muitas matérias pendentes.

Manuel Castro Almeida vai continuar a assegurar a execução dos fundos Europeus, mas agora terá em mãos a Economia, deixada por Pedro Reis, numa altura em que a resposta à política tarifária dos EUA está em fase de arranque.

O advogado, de 67 anos, assumiu no anterior Governo a tarefa de garantir a execução dos fundos europeus, em particular, do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), cujo prazo termina em meados do próximo ano.

Agora, o ministro terá de somar estas funções com a pasta da Economia, que, até então, estava entregue a Pedro Reis.

Enquanto titular da `pasta` dos fundos europeus comprometeu-se, após a reprogramação do PRR, a garantir a sua execução antes do final de 2026.

No último mandato, o ministério de Castro Almeida esteve envolvido numa das maiores polémicas do Governo, na sequência da aprovação de alterações ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), conhecida como lei dos solos, que entrou em vigor no final de janeiro de 2025.

Castro Almeida é uma figura muito considerada no partido em temas como a coesão, descentralização de competências e lei das finanças locais.

Dos cargos que desempenhou destaca-se ainda o de administrador da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte entre 1982 e 1991.

Em 1991 foi eleito deputado pela primeira vez na bancada do PSD, foi vice-presidente do grupo parlamentar e coordenou os social-democratas nas comissões parlamentares de Economia, Finanças e Plano, Educação, Ciência e Cultura e Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

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Momento-Chave
RTP /

Ordem dos Médicos diz que ministra da Saúde tem "prova de fogo" pela frente

O bastonário da Ordem dos Médicos considera que a escolha de Ana Paula Martins para se manter à frente do Ministério da Saúde constitui uma "segunda oportunidade" que é também "a última oportunidade".

"O antecessor desta ministra é ela própria. Ela já conhece o terreno, ela teve um ano para implementar as medidas absolutamente necessárias para a capacidade de resposta do SNS, e agora tem uma prova de fogo pela frente", declarou Carlos Cortes em entrevista à RTP.

Essa prova de fogo é "assegurar a capacidade de resposta do SNS agora no verão", que é "tradicionalmente um período muito difícil", vincou.
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Lusa /

Sindicato dos Médicos reconhece "capacidade de diálogo" à ministra da Saúde

"Sabemos que é uma pessoa com capacidade de diálogo e, em conjunto com o SIM, conseguimos um acordo que valoriza os médicos e que introduz uma perspetiva futura de melhoria das remunerações e das condições de trabalho", adiantou Nuno Rodrigues à Lusa.

Segundo o dirigente sindical, está por dias a publicação do novo Acordo Coletivo de Trabalho dos Médicos assinado com o SIM, mas o sindicato pretende agora insistir na resolução de outras matérias, como a avaliação dos médicos.

"Setenta por cento dos médicos nunca foram avaliados e 50% dos médicos estão na primeira posição da carreira", salientou Nuno Rodrigues, para quem "isto tem de mudar", os conselhos de administração das unidades locais de saúde devem aplicar de facto a avaliação aos médicos.

Segundo o secretário-geral do SIM, Ana Paula Martins tem conhecimento dos dossiers e o sindicato está confiante que "permaneça o clima de diálogo e que vão sendo resolvidos problemas" desta classe profissional e do Serviço Nacional de Saúde.

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RTP /

Presidente da CEP concorda com acumulação de pastas da Coesão Territorial e Economia

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal, Armindo Monteiro, considera que juntar a Economia à Coesão Territorial “faz todo o sentido”, nomeadamente devido “à centralidade da ação governativa”.

“Saúdo o ministro Castro Almeida, que é um profundo conhecedor não apenas do território, mas das empresas, da economia do país”, declarou em entrevista à RTP.

Para Armindo Monteiro, é importante que o ministro “junte duas funções, que são a territorialidade e a economia, para que nós consigamos ter uma economia mais forte a partir de empresas mais fortes também, com o objetivo único de termos um Portugal mais próspero”.
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Lusa /

Fnam lamenta recondução da ministra da Saúde e avisa que não aceitará repetição de erros

"A recondução de Ana Paula Martins como ministra da Saúde é recebida com profunda preocupação pela Fnam. O seu mandato anterior ficou marcado por uma política de confronto com os médicos, pela recusa em negociar com a estrutura sindical que mais médicos representa no SNS -- a FNAM -- e por decisões que agravaram gravemente a situação do Serviço Nacional de Saúde (SNS)", afirma em comunicado.

Para a Fnam, a ministra tem agora "a última oportunidade para corrigir o rumo", advertindo que "não aceitará a repetição dos mesmos erros".

Recorda que durante o seu mandato, se tornaram "frequentes os encerramentos de serviços de urgência, especialmente na pediatria e na obstetrícia, aumentaram os partos realizados em ambulâncias, agravaram-se os tempos de espera para cirurgias e cresceu o número de utentes sem médico de família".

"O SNS atingiu um ponto de fragilidade sem precedentes", frisa a federação liderada por Joana Bordalo e Sá, que exige à ministra da Saúde que "mude de rumo", perante "a gravidade da situação.

Para a Fnam, Ana Paula Martins "ainda vai a tempo de escolher um caminho diferente: um caminho de responsabilidade, de respeito pelos médicos e de verdadeiro compromisso com a população".

Reitera que tem soluções concretas para "salvar o SNS", centradas na melhoria das condições de trabalho e na valorização da carreira médica, e manifesta disponibilidade para "negociar de imediato, com seriedade, transparência e sentido de urgência", mas exigindo "respeito institucional e uma vontade política clara de resolver os problemas".

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Momento-Chave
RTP /

PS vê com "apreensão" lista de novos ministros e insiste em "incompetência" na Saúde

João Torres, secretário-geral-adjunto do PS, reagiu às escolhas de Luís Montenegro para o novo Executivo, frisando que "este é manifestamente, com toda a clareza, um Governo de continuidade e não é de todo um Governo de novidade".

"Infelizmente, o senhor primeiro-ministro não teve em consideração na escolha dos novos ministros e ministras a degradação ou o declínio das condições económicas e sociais do país", em particular em setores como a Saúde, declarou.

O socialista relacionou a saída do até agora ministro da Economia, Pedro Reis, com "os maus indicadores económicos do primeiro trimestre deste ano, em que o país contraiu a sua economia em cadeia face ao último trimestre de 2024".

O PS viu ainda com "perplexidade" a escolha da ministra da Saúde, que "demonstrou por inúmeras ocasiões que não está à altura das suas responsabilidades" e que "não traz nenhum ímpeto reformista ao Serviço Nacional de Saúde".

"Manifestou até incompetência na gestão de várias situações que vieram a público", vincou João Torres.

O secretário-geral-adjunto do PS realçou também que há apenas dois novos ministros e seis mulheres, "menos uma do que na composição anterior".

Condenou ainda acumulação de pastas da Cultura com a Juventude, que disse representar uma "desconsideração de um setor que é vital para o Partido Socialista e que se prende com a dinamização da atividade cultural do nosso país como um todo".
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Momento-Chave
RTP /

PSD diz que manter ministra da Saúde "é um sinal de esperança para os portugueses"

Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, considera que este novo Governo "dá uma grande confiança ao país" e defende a permanência da ministra da Saúde com os resultados que tem apresentado, considerando que apesar de ainda haver muito trabalho, a Saúde está melhor do que estava durante a governação socialista.

“Não é mudando de ministro que nós vamos conseguir ultrapassar os obstáculos que ainda existem”, defendeu, afirmando que a “confiança renovada na ministra da Saúde é um sinal de esperança para os portugueses”.

Sobre o novo Ministério da Reforma do Estado, Hugo Soares recusou fornecer detalhes, explicando apenas que é preciso uma “modernização do Estado”. “Para isso é preciso alguém que reúna as características para poder dar esse impulso”, asseverou, afirmando não ter dúvidas em relação ao perfil de Gonçalo Matias.
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RTP /

JPP dá "benefício da dúvida" ao primeiro-ministro

O JPP aguardará “com expectativa” a entrega do programa do Governo e irá “respeitar a vontade dos portugueses”.

“Fico, de alguma forma, de braços caídos quando vejo alguns partidos anunciarem moções de rejeição ao programa do Governo quando não o conhecem”, declarou Filipe Sousa.

“Dou o benefício da dúvida ao senhor primeiro-ministro, que foi a escolha dos portugueses e certamente vai escolher a melhor equipa para resolver os problemas do país”.
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Momento-Chave
Joana Raposo Santos - RTP /

Novo executivo. Quem são os ministros do XXV Governo Constitucional?

Foto: António Cotrim - Lusa

Ministério da Reforma do Estado
Com esta nova pasta ficará Gonçalo Matias, doutorado em Direito, presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Fundação Francisco Manuel dos Santos desde 2022 e professor associado da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa.


Entre 2008 e 2014 desempenhou funções como assessor para os Assuntos Jurídicos e Constitucionais da Casa Civil do presidente da República e foi consultor da mesma Casa Civil desde 2014. Foi ainda diretor do Observatório das Migrações.

Secretário de Estado Adjunto e para a Modernização Administrativa no XX Governo Constitucional, foi também membro do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo e do Management Board da European Union Agency for Fundamental Rights.Administração Interna e Assuntos Parlamentares com novas caras
O Ministério da Administração Interna, até agora da responsabilidade de Margarida Blasco, passa a ser gerido por Maria Lúcia Amaral.


Doutorada em Direito, é professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa desde 2008 e provedora de Justiça desde novembro de 2017.

Foi também membro do Tribunal Constitucional entre 2007 e 2016 e vice-presidente do mesmo Tribunal desde 2012.

O Ministério dos Assuntos Parlamentares, que estava a cargo de Pedro Duarte, passa agora para as mãos de Carlos Abreu Amorim.

Também ele doutorado em Direito e docente universitário, foi deputado nas XII e XIII legislaturas e vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD. Foi igualmente secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares do XXIV Governo Constitucional.

Acumulação de pastas
Há dois ministros que passam a acumular pastas nesta nova legislatura. O Ministério da Economia acumula com a  Coesão Territorial, que volta a ficar a cargo de Manuel Castro Almeida, advogado e licenciado em Direito.

Foi deputado, presidente da Câmara Municipal de São João da Madeira e secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, com responsabilidade pelos Fundos Europeus entre 2013 e 2015.

O Ministério da Cultura vai acumular com o da Juventude e Desporto, ficando a cargo de Margarida Balseiro Lopes, licenciada em Direito, jurista e antiga deputada à Assembleia da República (2015-2022).

Saem de cena neste elenco governativo o antigo ministro da Economia, Pedro Reis, e a ex-ministra da Cultura, Dalila Rodrigues.
O que se mantém?
Como ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros continua Paulo Rangel, licenciado em Direito, docente universitário e advogado.


Foi eurodeputado, vice-presidente do grupo parlamentar do PPE, presidente do Grupo de Escrutínio do Espaço Schengen e relator permanente do Parlamento Europeu para a Bósnia-Herzegovina.

Ocupou também os cargos de presidente do Grupo Parlamentar do PSD, secretário de Estado Adjunto do Ministro da Justiça, deputado à Assembleia da República e presidente da Delegação do Parlamento Europeu para as relações UE-Brasil.

Joaquim Miranda Sarmento, doutorado em Finanças e presidente do grupo parlamentar do PSD, mantém-se como ministro de Estado e das Finanças. Professor universitário, foi também assessor económico do ex-presidente Cavaco Silva. Trabalhou dez anos no Ministério das Finanças e foi consultor da UTAO.


O ministro da Presidência continua a ser António Leitão Amaro, doutorado em Direito e professor universitário, que foi secretário de Estado da Administração Local do XIX Governo Constitucional.


Foi ainda deputado à Assembleia da República nas XI, XII, XIII e XVI legislaturas, vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, investigador visitante da Harvard Law School da Universidade de Harvard (EUA) e presidente da Assembleia Municipal de Tondela.

A pasta da Defesa Nacional continua com Nuno Melo, licenciado em Direito, advogado e presidente do CDS-PP. Foi eurodeputado e deputado à Assembleia da República.


Com as Infraestruturas e Habitação permanece Miguel Pinto Luz, licenciado em Engenharia e vice-presidente do PSD. Foi vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais e da Entidade Regional de Turismo, tendo passado também pela administração da Fundação Paula Rego.


No seu currículo constam também os cargos de investigador no Grupo de Sistemas de Informação do INESC-ID e docente convidado Nova School of Bussiness and Economics e no Instituto Superior Técnico.

Rita Alarcão Júdice mantém-se à frente da Justiça. Licenciada em Direito e advogada, foi sócia da sociedade de Advogados PLMJ de 2013 a 2023, membro da Comissão Executiva da Urban Land Institute (ULI) Portugal e associada da Women in Real Estate (WIRE Portugal).


O ministro da Educação, Ciência e Inovação é novamente Fernando Alexandre, doutorado em Economia, professor da Universidade do Minho e vice-presidente do Conselho Económico e Social.


Foi secretário de Estado Adjunto do ministro da Administração Interna no XIX Governo Constitucional. Em 2022, recebeu o Prémio de Mérito Científico da Universidade do Minho.

Com a pasta da Saúde fica Ana Paula Martins, doutorada em Farmácia e professora universitária. Foi Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos e presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário Lisboa Norte.


Maria do Rosário Palma Ramalho, doutorada em Direito e professora catedrática da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, mantém-se à frente do Ministério do Trabalho.


Foi presidente da APODIT – Associação Portuguesa de Direito do Trabalho, vice-presidente da ISLSSL – International Society for Labour and Social Security Law e consultora da Comissão Europeia na área da igualdade de género.

A ministra do Ambiente continua a ser Maria da Graça Carvalho, doutorada, ex-eurodeputada e professora universitária. Foi ministra da Ciência e Ensino Superior e Adjunta do presidente da Comissão Europeia de 2006 a 2009.


Por fim, o Ministério da Agricultura e Mar permanece com José Manuel Fernandes, licenciado em Engenharia, antigo deputado ao Parlamento Europeu e ex-presidente da Câmara Municipal de Vila Verde.


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RTP /

Livre acusa Montenegro de "encetar uma fuga para a frente"

Paulo Muacho, do Livre, acusa Luís Montenegro de "encetar uma fuga para a frente", afirmando que esperava uma remodelação na área da Saúde.

“A área da saúde tem sido uma das áreas mais desastrosas da política deste governo”, disse, afirmando que ao manter a ministra da Saúde, Luís Montenegro está a “encetar uma fuga para a frente em continuar as suas políticas”.

“Os problemas não só não foram resolvidos como se agravaram”, declarou.
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Momento-Chave
RTP /

PCP vê criação do Ministério da Reforma do Estado como uma "intenção de atacar os serviços públicos"

Paula Santos, líder parlamentar do PCP, diz que lista dos nomes que compõem o novo Governo revela uma "intenção do Governo de prosseguir e aprofundar política de direita" e de "seguir um caminho do desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde e da sua privatização".

Sobre o novo Ministério da Reforma do Estado, Paula Santos diz que a criação deste ministério tem “claramente a a intenção de atacar os serviços públicos e as funções sociais do Estado e de adaptar o Estado para favorecer os interesses do capital”.
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Lusa /

Posse na quinta-feira no processo mais rápido dos mandatos de Marcelo

Segundo uma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, "a nomeação e posse do primeiro-ministro e ministros do XXV Governo Constitucional está prevista para amanhã, quinta-feira, 05 de junho, às 18:00, no Palácio da Ajuda" e "a posse dos secretários de Estado para sexta-feira, 06 de junho, às 12h00, no mesmo local".

Este será o quarto executivo a que o atual Presidente da República irá dar posse e o segundo de coligação PSD/CDS-PP chefiado por Luís Montenegro, depois de dois governos do PS com António Costa como primeiro-ministro.

Com este calendário, 18 dias depois das eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, é o processo de formação de Governo mais rápido dos mandatos de Marcelo Rebelo de Sousa.

As posses dos governos do PS em 2019 e 2022 aconteceram, respetivamente, 20 dias e 59 dias depois das eleições, enquanto o executivo cessante PSD/CDS-PP tomou posse passados 23 dias das legislativas de 2024.

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RTP /

André Ventura considera "má decisão" manter ministra da Saúde

O líder do Chega diz que este é um "mau Governo" e considera que é uma "má decisão" manter a ministra da Saúde.

“O Governo opta por manter uma linha de continuidade, o que é completamente errado, sobretudo na parte da Saúde”, reagiu André Ventura, momentos depois de ter sido conhecida a lista dos nomes que compõem o novo Governo.

“Manter a ministra da Saúde é um erro”, diz, acusando o primeiro-ministro de “ver o país com óculos cor de rosa”.
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RTP /

Os nomes dos ministros do XXV Governo Constitucional

O presidente da República aceitou a composição do XXV Governo Constitucional proposta por Luís Montenegro. São estes os nomes dos ministros:

Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros
Paulo Artur dos Santos de Castro de Campos Rangel

Ministro de Estado e das Finanças
Joaquim José Miranda Sarmento

Ministro da Presidência
António Egrejas Leitão Amaro

Ministro da Economia e da Coesão Territorial
Manuel Castro Almeida

Ministro Adjunto e da Reforma do Estado
Gonçalo Nuno da Cruz Saraiva Matias

Ministro dos Assuntos Parlamentares
Carlos Eduardo Almeida de Abreu Amorim

Ministro da Defesa Nacional
João Nuno Lacerda Teixeira de Melo

Ministro das Infraestruturas e Habitação
Miguel Martinez de Castro Pinto Luz

Ministra da Justiça
Rita Fragoso de Rhodes Alarcão Júdice de Abreu e Mota

Ministra da Administração Interna
Maria Lúcia da Conceição Abrantes Amaral

Ministro da Educação, Ciência e Inovação
Fernando Manuel de Almeida Alexandre

Ministra da Saúde
Ana Paula Mecheiro de Almeida Martins Silvestre Correia

Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social
Maria do Rosário Valente Rebelo Pinto Palma Ramalho

Ministra do Ambiente e Energia
Maria da Graça Martins da Silva Carvalho

Ministra da Cultura, Juventude e Desporto
Ana Margarida Balseiro de Sousa Lopes

Ministro da Agricultura e Mar
José Manuel Ferreira Fernandes


“O presidente da República deu o seu assentimento à proposta, que será oportunamente complementada com os Secretários de Estado”, lê-se na nota divulgada no site da Presidência.

A nomeação e posse do primeiro-ministro e ministros do XXV Governo Constitucional está prevista para quinta-feira às 18h00, no Palácio da Ajuda, e a posse dos secretários de Estado para sexta-feira, às 12h00, no mesmo local.

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RTP /

Presidente da República aceita composição do XXV Governo Constitucional

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Luís Montenegro já saiu do Palácio de Belém

Luís Montenegro já saiu do Palácio de Belém, depois de ter estado reunido com Marcelo Rebelo de Sousa durante 20 minutos.
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RTP /

Luís Montenegro já está no Palácio de Belém

Luís Montenegro está nesta altura reunido com o presidente da República, em Belém, para lhe apresentar os nomes do novo Governo.

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RTP /

Montenegro deve chegar a Belém ao fim da tarde

O primeiro-ministro indigitado vai ao final da tarde desta quarta-feira entregar ao presidente da República a lista de nomes de ministros e secretários de Estado que deverão integrar o próximo executivo.
 A tomada de posse dos ministros que integram o novo governo deve ocorrer às 18h00 de quinta-feira e dos secretários de Estado na sexta.
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Lusa /

Marcelo admite presidenciais em 18 de janeiro e espera que sucessor goste de livros

Em declarações aos jornalistas, na Feira do Livro de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que não irá comentar as candidaturas à sua sucessão: "Não me vou pronunciar daqui até à eleição, que é em janeiro, espero que 18 de janeiro, ainda nem sequer fixei a data".

Há seis meses, o chefe de Estado tinha indicado que tencionava marcar as presidenciais de 2026 para outra data, 25 de janeiro, calhando nesse caso uma eventual segunda volta em 15 de fevereiro, três semanas depois.

Hoje, durante a cerimónia de inauguração da 95.ª edição da Feira do Livro de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa assegurou que na próxima edição voltará a estar presente no Parque Eduardo XVII, na assistência, e referiu-se ao seu sucessor ou sucessora.

"Para o ano aqui estarei, ou antes, aí estarei, desse lado, como convidado ou como visitante que se faz convidado", declarou.

Quanto a quem lhe irá suceder, o Presidente da República manifestou-se "certo de que deste púlpito alguém continuará a dar voz à função constitucional e fundamental de defender a língua e a cultura portuguesa" e "gostando de livros tanto ou mais do que os seus antecessores".

"Está no ADN da nossa democracia gostar de escrever, gostar de ler, gostar de citar, gostar de inspirar livros e leituras, gostar de saber mais para Portugal ser melhor", considerou.

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Ponto de situação
RTP /

Ministros devem tomar posse na quinta-feira

Marcelo Rebelo de Sousa recebe esta tarde, em Belém, Luís Montenegro. O primeiro-ministro indigitado vai fazer chegar ao chefe de Estado a lista de nomes para o próximo executivo.

Ouvido pelos jornalistas à margem da abertura da Feira do Livro de Lisboa, no Parque Eduardo VII, o presidente da República indicou que conta dar posse na quinta-feira aos ministros e, na sexta-feira, aos secretários de Estado.

O desenrolar do processo de formação do governo da AD é, de resto, a razão pela qual o presidente não se deslocará à Alemanha para ver a seleção portuguesa nas meias-finais da Liga das Nações.
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Antena 1 /

Bloco central é "ideia morta", defende Hugo Soares

Fazer reformas estruturais sem pactos? Não é possível”, admite Hugo Soares, que está disponível para conversar com o Partido Socialista e o Chega em determinadas matérias.

Mas também admite que é preciso perceber que partido será o PS com uma nova liderança e perceber o que defende o Chega, com Hugo Soares a acusar André Ventura de ser um catavento.
Se a oposição não viabilizar o Orçamento, está a fazer “haraquiri político”

Quanto à aprovação do próximo Orçamento do Estado, Hugo Soares defende que a inviabilização “seria, mais uma vez, uma espécie de haraquiri (ritual suicida japonês) da oposição”.

E acrescenta: “Não concebo sequer a hipótese de este Orçamento não ser viabilizado no Parlamento, mas quero dizer mais: eu não concebo a hipótese do Orçamento do próximo ano também não ser”.
O discurso político está transformado num embuste. A crítica de Hugo Soares ao debate sobre a revisão da Constituição.

Em entrevista ao podcast da Antena 1 Política com Assinatura, o Secretário-geral do PSD denuncia que “esta conversa é um embuste político”.

O social-democrata esclarece que “dizer que é preciso rever a Constituição para decidir políticas públicas (...), não é preciso, isso é um embuste e um engano”.
Todos, todos, todos” - é desta forma que Hugo Soares prevê a negociação dentro do Assembleia da República entre AD e restantes partidos. 

O líder parlamentar do PSD defende que há matérias capazes de entendimentos entre Partido Socialista e Chega, como impostos, salário mínimo, imigração, entre outros.

No caso da imigração, diz mesmo esperar que entre os socialistas o discurso mude até porque “José Luís Carneiro é o pai da extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras de forma atabalhoada”.
Olhando para o futuro Governo, Hugo Soares tem certezas: contas públicas em ordem, um executivo sem casos nem casinhos a governar nos próximos quatro anos.

O líder parlamentar do PSD afirma mesmo que “Portugal não vai voltar às questões dos défices orçamentais”, até porque o PSD “nunca levou lições de ninguém em matéria de contas públicas”, acrescenta.
Esta será uma legislatura mais tranquila na opinião de Hugo Soares que se baseia em dois fatores.

Desde logo a alteração na liderança do PS, “parece ser uma liderança muito mais moderada”, diz o Secretário-geral do PSD.

E depois porque André Ventura “quer vestir a pele de mais moderado e mais responsável”. “Com maior maturidade política”, acrescenta.
“Não é não” continua a ser “não é não”, garante Hugo Soares 
A AD mantém que não governa em coligação pós-eleitoral com o Chega.

Coisa diferente”, diz o social-democrata “era o PSD escusar-se de conversar com o Chega, como o Partido Socialista, que estão no parlamento em representação de centenas de milhares de pessoas”.

Hugo Soares reconhece que o Chega é "um partido como os outros”.
Ainda assim admite que há linhas vermelhas com o Chega, como há com o PS.
Gouveia e Melo “tem lacunas colossais

O secretário-geral do PSD respeita a posição pessoal de Rui Rio de ser o mandatário da candidatura a Belém de Gouveia e Melo. No entanto, mostra-se preocupado com aquilo que diz ser a falta de experiência política do almirante.

E destaca: “Não me parece saudável que alguém que tenha exercido funções ao mais alto nível na esfera militar, possa sair da esfera militar para, imediatamente, ser candidato a presidente da República. Não acho uma coisa saudável para a democracia”.
Sobre a investigação do Ministério Público a uma denúncia anónima que acusa o secretário-geral do PSD de alegadamente ter sido favorecido no acesso a uma cirurgia, Hugo Soares diz que isso é ridículo.

E defende uma reflexão sobre “as denúncias anónimas feitas, apenas e só, para instrumentalização política”.
Entrevista conduzida por Natália Carvalho, editora de Política da Antena 1.
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Antena 1 /

"Não admito a insinuação". Pedro Pinto afasta ideia de votos contra do Chega na eleição de Pacheco de Amorim

António Cotrim - Lusa

"Não posso admitir que haja sequer a insinuição que foram os deputados do Chega que não votaram quer em Diogo Pacheco de Amorim quer em Filipe Melo", disse Pedro Pinto, esta quarta-feira, na Antena 1.
 
Ontem o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, tinha admitido essa hipótese em entrevista à CNN Portugal, mas Pedro Pinto responde que isso "é uma falta de respeito". 

"É um jogo sujo, de arrogância e de desespero, é o que tenho a dizer sobre Hugo Soares", considera. 

Diogo Pacheco de Amorim assumiu, na Rádio Observador, que pode ter havido votos contra dentro da bancada: "não afasto que dois ou três deputados do meu partido possam não ter votado", acreditando que "ser já sete ou oito é impensável”. 

O dirigente do Chega falhou por um voto a eleição para vice-presidente da Assembleia da República, enquanto Filipe Melo não foi eleito vice-secretário da mesa.
Pedro Pinto mantém-se como líder parlamentar? "Vamos aguardar"

O grupo parlamentar do Chega vai decidir esta quarta-feira uma nova lista para apresentar à vice-presidência do Parlamento, sem adiantar se Pacheco de Amorim volta a ser candidato.

Nessa reunião, o partido vai decidir também a nova liderança da bancada, depois de surgirem notícias que davam conta da sua saída.

Pedro Pinto não afasta a possibilidade de se manter no cargo de líder parlamentar do Chega - lugar que ocupa há três anos.

"Mudar a liderança da bancada não quer dizer que vai mudar o líder", avisa, rematando com um "vamos aguardar".
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