PSD aponta Aguiar Branco para presidente da AR e Teresa Morais para primeira vice-presidente
Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, revela os nomes que vão ser apresentados pelo grupo parlamentar a votação para os cargos no Parlamento e argumenta que o apoio a um vice-presidente da AR do Chega em nada vem contrariar a ideia de Luís Montenegro de dizer “não é não” a um acordo com o Chega. É apenas o cumprimento da Constituição, afirma.
"Nós já na anterior legislatura nos tínhamos proposto a votar qualquer nome que fosse proposto, de acordo com a Constituição para a vice-presidência do parlamento", referiu Hugo Soares.
O dirigente social-democrata considerou que a Constituição "é muito clara quando diz que os quatro maiores partidos devem indicar um `vice` para a Assembleia da República".
"Aquilo que nós faremos é votar cada um dos nomes que constituirão o boletim de voto, seja o do PS, seja o da IL, seja o do Chega. O que informámos todas as bancadas é que iríamos votar qualquer um dos nomes", disse.
Questionado se isso não violaria o "não é não" repetido por Luís Montenegro a acordos com o Chega, respondeu: "O cumprimento das regras democráticas, o cumprimento da Constituição não viola nenhum acordo, nós não brincamos às palavras, é a normalidade democrática a funcionar, é a recuperação do prestígio das instituições".
À pergunta se espera que os deputados do PSD cumpram essa indicação -- na anterior legislatura tal não aconteceu e os nomes propostos pelo Chega falharam sempre a necessária maioria absoluta -, Hugo Soares foi categórico.
"Não tenho dúvida que os deputados do PSD vão cumprir a indicação que foi dada, quer pelo líder parlamentar, quer pelo que propõe ser", disse.
c/Lusa
Já sobre as críticas de outros partidos à posição do PSD sobre o Chega ou até ao nome de Aguiar-Branco, Hugo Soares disse encará-las com naturalidade: "É assim que a democracia funciona".