"Quis mentir" ao Parlamento. PSD exige demissão de João Galamba

por RTP

Foto: Antena1

O líder do grupo parlamentar do Partido Social Democrata considerou esta tarde gravíssimas as acusações feitas ao ministro das Infraestruturas pelo seu assessor exonerado, Frederico Pinheiro, de que João Galamba pretendia mentir à Comissão parlamentar de Inquérito à TAP, exigindo a demissão do governante e a António Costa que "ponha ordem na casa"

Miranda Sarmento referiu aos jornalistas no Parlamento que o assessor de Galamba revelou que o ministro das Infraestruturas "tinha intenção de mentir à comissão de inquérito, omitindo informação relevante sobre o tema da TAP".

"Isso é inaceitável" num membro do Governo, afirmou Miranda Sarmento, considerando ainda que "o ministro João Galambra está muito diminuído pela mentira que quis fazer" referindo depois que "não tem condições para continuar no Governo".

O social-democrata, a ser verdade a acusação feita pelo ex-adjunto de João Galamba, afirmou também esperar que "o senhor primeiro-ministro que, sobre tudo isto que se tem passado na TAP, recusa-se a falar, não tem neste momento a autoridade política que se exige a um primeiro-ministro, que mostre um pouco dessa autoridade e ponha ordem na casa e no governo".

O líder social-democrata no Parlamento exigiu "desculpas e explicações" ao seu homólogo socialista, Brilhante Dias, por acusações feitas há poucas horas.

De manhã, o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, "acusou os outros grupos parlamentares de violarem a lei e de passarem à comunicação social informação confidencial que tinha sido entregue à comissão de inquérito parlamentar da TAP", afirmou Miranda Sarmento, acusações que considerou "muito graves e sérias".

O social-democrata lembrou ainda: "Nós soubemos ontem ao fim do dia que se confirmou o que era uma suspeita, que houve de facto uma reunião entre o grupo parlamentar do Partido Socialista e a então CEO da TAP, nas vésperas de uma audição na Comissão de Economia, e que essa reunião serviu para preparar as perguntas que o Partido Socialista ia fazer e as respostas que a senhotra então CEO da TAP ia dar".

Miranda Sarmento lembrou ainda que a CEO da TAP "não servia o Partido Socialista", "por mais que o PS se considere o dono disto tudo e por mais que considere que pode ocupar o Estado com a sua política e com o seu partido".

"Isso é gravissimo do ponto de vista da ética" e dos trabalhos parlamentares. "O senhor presidente da Assembleia da República está muito preocupado e bem com o regular funcionamento desta casa, tem também de actuar neste comportamento inaceitável por parte do parlamentar do Partido Socialista e por parte do Governo".
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