Retificativo. Pedro Nuno vê em Montenegro "sinal de que há condições" para "valorizar carreiras"

por RTP
Pedro Nuno Santos estará ao lado de Luís Montenegro na aprovação de um orçamento retificativo Miguel A. Lopes - Lusa

Pedro Nuno Santos considera que o próximo governo tem condições para repor o tempo de serviço dos professores e valorizar as forças de segurança. Reiterou também que poderá aprovar um orçamento retificativo. A Comissão Política Nacional do PS esteve reunida durante a última noite e deixou alertas ao PSD.

O secretário-geral do PS congratula-se pelo facto de o primeiro-ministro indigitado estar satisfeito com a disponibilidade socialista para viabilizar um orçamento retificativo, considerando que há condições para valorizar alguns grupos profissionais da Administração Pública.

Só é sinal de que há condições para conseguirmos ter uma Administração Pública mais qualificada”, afirmou Pedro Nuno Santos aos jornalistas, à saída da reunião da Comissão Política Nacional, que se prolongou por quase quatro horas.
Para valorizarmos as carreiras, as grelhas salariais dos professores, das forças de segurança, dos profissionais de saúde – não apenas os médicos – e dos oficiais de justiça. Eu acho que essa declaração muito importante. Quer dizer que nós temos condições para avançar e resolver a situação destes profissionais da Administração Pública até ao verão”, acrescentou.Pedro Nuno Santos recusou adiantar quais são os dois nomes que pretende indicar para as negociações com a AD, tendo em vista o orçamento retificativo, sublinhando que "serão depois comunicados ao primeiro-ministro".

Para Pedro Nuno Santos, é necessário dar tempo à AD para a formação do novo executivo. “Há um primeiro-ministro indigitado, vai formar governo. É o tempo desse primeiro-ministro formar o seu governo. E nós temos de esperar para conhecer o novo governo”.
João Alexandre – Antena 1

O secretário-geral do PS revelou que “ainda” não falou com o líder da AD: “Teremos a oportunidade de ter uma conversa. Espero que o mais breve possível”.

O secretário-geral socialista garante ainda que está preparado para fazer uma oposição forte. “Temos o partido alinhado, com uma orientação estratégica. Isso é bom. É um partido que está consciente da sua posição, preparado para fazer oposição, uma oposição sólida, uma oposição forte”.
"O PS fará o seu trabalho, enquanto oposição. É tão simples quanto isso", sublinhou.Composição da mesa da Assembleia


Questionado sobre se esperava que a AD o tivesse procurado para entendimentos quanto à composição da mesa da Assembleia da República, Pedro Nuno Santos disse não ter qualquer comentário a fazer sobre essa matéria.

"Na altura certa, julgo que será na próxima semana, o PS apresentará as suas candidaturas", disse, pedindo também que se espere para saber se o partido vai ou não apresentar um candidato para presidente do parlamento.

Da mesma forma, Pedro Nuno Santos recusou anunciar quem vai propor para líder da bancada parlamentar do PS, sublinhando que, no sábado, o partido ainda vai ter uma reunião da Comissão Nacional em Viseu e também com os presidentes de federação.

"Por isso, no tempo certo, nós faremos os anúncios que temos de fazer", disse.
"É como São Tomé, é preciso ver para crer"
Por sua vez, o ministro cessante das Finanças sustentou que é preciso analisar as propostas a apresentar pelo próximo governo no quadro de um orçamento retificativo.

"Isto é como São Tomé. É preciso ver para crer. Por isso, só quando virmos o que são as propostas concretas (...) é que vamos avaliar se são propostas sustentáveis ou não", afirmou Fernando Medina à saída da reunião da Comissão Política Nacional do PS.

Medina admitiu mesmo que possa não ser necessário mexer no Orçamento do Estado para este ano.
Antena 1

Mesmo com o aumento da despesa com a recuperação de parte do tempo de serviço dos professores ou com pagamento do suplemento de risco às forças de segurança, poderá existir folga orçamental, segundo o governante.

c/ Lusa

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