O presidente do PSD, Rui Rio, considerou que sai reforçado depois da aprovação da moção de confiança à sua direção, que recolheu cerca de 60 por cento (%) dos votos do Conselho Nacional.
Foi de braço no ar que a maioria dos conselheiros (78 a favor, 26 contra) defendeu que a moção de confiança a Rio devia ser apreciada por voto secreto.
Uma hora depois, os resultados davam uma vitória clara a Rui Rio: 75 votos a favor, 50 contra e um nulo, um resultado que realçou ser superior, em percentagem, aos 54% dos votos que conseguiu nas diretas.
Rio reagiu à vitória dizendo esperar que a partir de agora “remem todos no mesmo sentido”, para o PSD recuperar e ganhar eleições, e desejou que possa haver paz no partido, como registou a jornalista Natália Carvalho.
O líder do PSD reforçou que é "diferente" fazer oposição em cima de um período eleitoral e afirmou que é importante haver paz dentro do partido, sendo que quem quiser tem liberdade para sair.
O antigo líder do PSD diz estar disponível para apoiar Rui Rio até à vitória nas legislativas. Luís Filipe Menezes entende que é tempo de tirar do caminho maus amigos e curar feridas.
A antiga ministra Maria Luís Albuquerque reconhece que preferia outro resultado mas que agora Rui Rio tem legitimidade para prosseguir com a estratégia que tem seguido.
Já Paulo Rangel vê um reforço na liderança de Rui Rio à frente do PSD depois deste resultado. Para o eurodeputado, agora é tempo dos opositores apoiarem o líder.
Mesmo antes de ser conhecida a votação final o antigo líder parlamentar social-democrata Hugo Soares, e principal apoiante de Luís Montenegro, já estava de olhos postos no futuro.
O antigo líder parlamentar do PSD lamenta que Rui Rio tenha mais força a criticar militantes do PSD do que o primeiro-ministro.
Elina Fraga, vice-presidente do PSD, assume que estes resultados "surpreenderam pela positiva" e que foram clarificadores da posição do partido.
Há uma semana, o antigo líder parlamentar do PSD Luís Montenegro desafiou Rui Rio a convocar eleições diretas antecipadas e assumiu disponibilidade para se candidatar à liderança do partido.