Santos Silva solidário com os trabalhadores da PT

Entrevistado no 360 da RTP3, o ministro dos Negócios Estrangeiros mostrou-se esta noite solidário com os protestos dos trabalhadores da PT, ao afirmar que se fosse funcionário da empresa agora detida pela Altice também estaria preocupado.

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“Eu sou daqueles que entende muito bem o que está a ocorrer hoje na PT” Rafael Marchante - Reuters

“Eu sou daqueles que entende muito bem o que está a ocorrer hoje na PT. Porque se eu fosse trabalhador da PT, se estivesse há 20 ou 30 anos e fosse agora colocado numa empresa subsidiária, mantendo os meus direitos apenas por um ano, se calhar, também estava a fazer greve e a manifestar-me”, afirmou Santos Silva na RTP3.

O governante recordou que o Executivo está a fazer tudo para que a legislação seja cumprida.

“A Autoridade para as Condições do Trabalho está a verificar se as práticas da gestão da mão-de-obra da atual gestão da PT estão em conformidade com a legislação portuguesa e europeia aplicável”, notou.

Confiante em acordo na Autoeuropa
Relativamente à notícia de um greve em perspetiva na Autoeuropa, o ministro dos Negócios Estrangeiros recordou que se trata de uma das maiores empresas do país do ponto de vista da prática de contratação coletiva. E mostrou-se confiante num acordo.

“Quanto à Autoeuropa, o que está a acontecer é daqueles processos de negociação que têm feito da Autoeuropa uma das maiores empresas portuguesas e europeias do ponto de vista prática da contratação coletiva e de relações industriais”, sublinhou o governante.

“Há um novo modelo, há mais trabalho, a gestão está a propor então trabalhem seis dias por semana e nós damos um bónus de 150 euros por mês e duas folgas seguidas adicionais. Os trabalhadores estão a dizer não. Se querem que nós trabalhemos seis dias em cada sete, então têm de pagar o sexto como horas extraordinárias. A cultura da empresa é chegar a um acordo. Vamos ver”, rematou.
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