Sondagem da Universidade Católica. Maioria vê governo da AD apoiado por partidos à direita como melhor solução para o país

por Joana Raposo Santos - RTP
Os partidos mais referidos para o apoio à AD são o Chega (com 16%) e a IL (14%). Pedro A. Pina - RTP

A maioria acredita que um Governo apoiado pelo PSD, CDS, PPM e outros partidos à direita seria o melhor para o país como resultado das eleições de 10 de março. De acordo com a sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e Público, um executivo apoiado pelo PS e partidos à esquerda é a segunda opção preferida.

Dos 1192 eleitores inquiridos, 31% disseram preferir um Governo que una a Aliança Democrática à restante direita. Os partidos mais referidos para esse apoio à AD são o Chega (com 16%) e a IL (14%).

Por outro lado, 23% dos participantes consideram um Governo apoiado pelo PS e partidos à esquerda a melhor solução para Portugal. O Bloco de Esquerda é o mais referido (19%), seguido da CDU (12%), do Livre (6%) e do PAN (4%).

Quinze por cento dos entrevistados preferem, por seu lado, um Governo apoiado por PS e PSD, enquanto 11% acreditam no sucesso de um Governo de maioria absoluta liderada pelo PSD e apenas 8% numa maioria absoluta do PS.Portugueses não acreditam em maioria absoluta

Questionados se, independentemente das suas preferências, acreditam que das eleições de 10 de março vai sair uma maioria absoluta, as respostas não deixam margem para dúvidas: 83% não acham que esse cenário vá acontecer. Apenas 11% responderam “sim”, enquanto 6% disseram não saber.

E, se não houver uma maioria absoluta, quem deve governar? Para 53% dos portugueses inquiridos, deve ser o “partido mais votado”. Para os restantes 41% que responderam à questão, deve ser “quem conseguir apoio maioritário no Parlamento”.

Daqueles que disseram ter intenção de votar na AD, foram 64% os que disseram preferir o partido com mais votos e 32% os que escolheram quem conseguir apoio maioritário.

Já entre os que tencionam votar no PS, as respostas foram equilibradas: 48% em ambas as opções.

Ficha técnica

Este inquérito foi realizado pelo CESOP Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena 1 e Público entre os dias 24 de janeiro e 1 de fevereiro de 2024. O universo alvo é composto pelos eleitores residentes em Portugal. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir de uma lista de números de telemóvel, também ela gerada de forma aleatória. Todas as entrevistas foram efetuadas por telefone (CATI). Os inquiridos foram informados do objetivo do estudo e demonstraram vontade de participar. Foram obtidos 1192 inquéritos válidos, sendo 45% dos inquiridos mulheres. Distribuição geográfica: 32% da região Norte, 20% do Centro, 32% da A.M. de Lisboa, 7% do Alentejo, 5% do Algarve, 2% da Madeira e 3% dos Açores. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população por sexo, escalões etários e região com base nos dados do recenseamento eleitoral. A taxa de resposta foi de 30%*. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1192 inquiridos é de 2,8%, com um nível de confiança de 95%.

*Foram contactadas 3917 pessoas. De entre estas, 1192 aceitaram participar na sondagem e responderam até ao fim do questionário.
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