O Ministério dos Negócios Estrangeiros confirma que o secretário de Estado da Internacionalização também foi a Lyon, a convite da petrolífera, assistir ao jogo entre Portugal e Hungria, partida que acabaria por determinar a qualificação portuguesa para os oitavos de final.
Tal como nos restantes casos, também Jorge Costa Oliveira se mostrou disponível perante a Galp para fazer o pagamento das despesas.
Trata-se portanto do terceiro governante envolvido nesta polémica, depois de Fernando Rocha Andrade, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, e de João Vasconcelos, secretário de Estado da Indústria.
O assunto é ainda mais sensível no caso de Rocha Andrade, já que a empresa está em situação de litígio aberto com o Estado devido a um desacordo no pagamento de taxas. Uma área tutelada precisamente por este responsável.
Fernando Rocha Andrade garantiu desde logo que não houve qualquer conflito de interesses. O Ministério Público anunciou entretanto que está a proceder à "recolha de elementos" sobre as viagens efetuadas para averiguar se os factos exigem “procedimentos a desencadear no âmbito das respetivas competências”.
A haver indícios de crime e com a interpretação das viagens como "recebimento indevido de vantagem" por parte de titular de cargo político, o Código Penal prevê nestes casos uma pena de prisão até cinco anos.