Zoo de Budapeste. Montanha Mágica financiada em 70% pela UE

por RTP

O programa De Lisboa a Helsínquia visitou, na Hungria, habitantes curiosos. No Zoo de Budapeste, uma Montanha Mágica recebeu 70% de financiamento europeu.

Todos os anos, um milhão de pessoas visitam o Jardim Zoológico de Budapeste. É um dos mais antigos do mundo, fundado em 1866. 

Recebeu mais de 3 milhões de euros em fundos europeus para a concretização de um projeto suspenso desde a Primeira Guerra Mundial: a Montanha Mágica, um espaço museológico com uma exposição permanente sobre a evolução da vida na Terra.

Quase um século depois de ser projetada, a montanha rochosa ficou concluída em 2012, com 34 metros de altura. 

A maioria dos visitantes são crianças. O objectivo é ensinar aos mais novos para que estes ensinem também os pais. 

Frujina Kish, responsável pelo programa de treino de aves, realça a vertente educacional. Quer que os visitantes "recebam informação e que não vejam apenas uma jaula vazia. A razão por que este projecto foi criado é que, quando as pessoas vêm ao zoo, podem apanhar os animais apenas a descansar num cantinho dentro da jaula. Em contrapartida, aqui o público pode vê-los em ação e em movimento e, assim, tem uma ideia de como é o animal, o que come, como vive."

O Zoo de Budapeste e, em particular, a Montanha Mágica, querem quer dar a conhecer todas as espécies. Até aquelas que costumam provocar mais repulsa que interesse: os insetos. 

"São as crianças que se sentem atraídas pelos insectos porque, pela altura deles, são os primeiros animais com que têm contacto", explica Zsófia Demjén, especialista em invertebrados. "É pelas reações de medo dos adultos que as crianças criam as suas reações futuras". 

A formação e sensibilização continua ainda na Escola dos Tubarões ou no Centro de Resgate Animal, onde chegam, todos os anos, 2 mil pacientes. Da equipa de veterinários e tratadores faz parte Filipa Oliveira, portuguesa, e uma das provas de que o trabalho feito pelo Zoo de Budapeste é reconhecido internacionalmente. 

Esta reportagem faz parte do programa "De Lisboa a Helsínquia". 

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