Marcelo lança repto a pais para que vacinem filhos

por RTP
O Presidente da República manifestou pesar pela morte da jovem que estava internada no Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, vitimada por complicações do sarampo Tiago Petinga - Lusa

Depois de manifestar pesar pela morte da adolescente internada no Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, vítima de complicações do sarampo, o Presidente da República apelou a todos os pais para que tenham em conta a própria saúde familiar e a “saúde dos filhos dos outros portugueses”. Isto para que o Estado não tenha de optar por “meios obrigatórios de intervenção”.

Ao intervir durante as comemorações dos 111 anos no edifício sede da NOVA Medical School, em Lisboa, o Chefe de Estado referiu-se à jovem de 17 anos que morreu na última madrugada e pela qual foi respeitado um minuto de silêncio, no arranque da cerimónia.Segundo uma nota do Centro Hospitalar de Lisboa Central, a jovem morreu "na sequência de uma situação clínica infecciosa com pneumonia bilateral - sarampo".

Marcelo quis associar-se “ao pesar pelo falecimento de uma jovem numa idade que é de alguma maneira tão promissora”. “Pesar esse que penso que é partilhado por toda a comunidade portuguesa”, acrescentou.

O Presidente da República dirigiu-se, num exercício de “pedagogia”, “aos pais e aos encarregados de educação portugueses, que serão os primeiros a compreenderem os seus deveres para com os seus filhos, pensando na saúde deles e pensando na saúde dos filhos dos outros portugueses, dos demais concidadãos, num espírito de solidariedade social”.

“É a capacidade para compreender isso que permite ao Estado, à Administração Pública, não ter de recorrer a meios obrigatórios de intervenção, acreditando na compreensão de todos para aquilo que são problemas não apenas de saúde individual, mas de saúde pública em Portugal”, frisou.

“Penso que é devida nesta casa, que é uma casa de ciência, de investigação, de profundidade e de serenidade, uma palavra de confiança e de serenidade dirigida à comunidade portuguesa. Enfrentar as questões da saúde exige da parte de todos serenidade e confiança”, rematou o Presidente.
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