Santa Maria foi notificado mas não identificou gravidade

Os hospitais de São José e dos Capuchos, em Lisboa, suspenderam o uso do medicamento Avastin até serem conhecidos os resultados do inquérito no Hospital de Santa Maria. A administração do hospital anunciou, esta tarde, que foi informada em Fevereiro de complicações relacionadas com o medicamento, mas não indiciaram gravidade suficiente para suspender a utilização do fármaco.

RTP /
A Roche desaconselhou o uso do medicamento para fins oftalmológicos, após em Novembro de 2008 terem sido registados casos de complicações no Canadá RTP

O Hospital de Santa Maria afirma que "não obstante ser conhecida a não aprovação formal da utilização do fármaco por injecção intra-vítrea, se tem verificado em todo o mundo o seu emprego generalizado em Oftalmologia".

Conclui a administração do Santa Maria que "a descrição clínica dos acontecimentos referidos não indiciou gravidade suficiente para impor a suspensão da utilização do fármaco".

Num primeiro momento, a administração do hospital afirmar desconhecer o conteúdo da missiva da farmacêutica Roche, enviada em Fevereiro, em que não se responsabilizava pela aplicação do Avastin em "contexto oftalmológico".

Ordem dos Médicos não recebeu aviso da farmacêutica

A Ordem dos Médicos garante não ter recebido qualquer aviso da farmacêutica Roche quanto ao medicamento que foi administrado aos seis doentes que perderam a visão no Hospital de Santa Maria.

A detentora do fármaco garante que enviou uma carta, em Fevereiro, para todos os profissionais de saúde a avisar para os efeitos adversos do Avastin, o medicamento usado nos seis doentes que correm agora o risco de cegar.

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