Um romance de Júlio Dinis de transição entre o Romantismo e o Realismo
Os Fidalgos da Casa Mourisca estão arruinados. Uma má gestão e o orgulho de D. Luís levaram a propriedade a esta situação.
Porém Jorge, o filho mais velho, não está contente com isso e decide pedir ajuda a um agricultor que prosperou: o Tomé da Póvoa.
Ora Tomé da Póvoa tem uma filha, que foi educada fora da aldeia e que regressa a casa. Jorge apaixona-se por ela. Mas o orgulhoso e inflexível D. Luís, pai de Jorge, não concorda nem com a recuperação económica proposta por Jorge, nem com a paixão que ele nutre por uma plebeia.
Centrada numa problemática muito à século XIX, com uma classe aristocrática que vai perdendo os seus privilégios para uma burguesia emergente, esta peça, adaptada por Alice Ogando do famoso romance de Júlio Dinis, é um excelente retrato de uma ruralidade do interior que está a desaparecer com a globalização.
Realizada por um dos grandes nomes da televisão portuguesa, Pedro Martins e interpretada por Fernando Gusmão, Mário Pereira, Ivone Moura, Mariana Vilar, Maria Cristina, Tomás de Macedo, Emílio Correia, Paulo Renato, Ruy de Carvalho e Alexandre Vieira, esta peça tem a curiosidade de nos mostrar um Nicolau Breyner muito jovem.