O Pântano

Filme da cineasta argentina Lucrecia Martel ("A Rapariga Santa", "Zama", "A Mulher Sem Cabeça"), uma reflexão sobre classe, natureza, sexualidade e política

Fevereiro no Nordeste argentino. Sol escaldante e chuvas tropicais. Algumas terras tornam-se pantanosas. E esses pântanos são armadilhas mortais para os animais da região. Mas a história não é sobre pântanos: é sobre a cidade de La Ciénaga, os seus arredores e duas famílias da média burguesia à beira de um colapso.
Mecha tem 50 anos, quatro filhos e um marido que procura ignorar bebendo cada vez mais. A família passa o Verão no campo, em La Mandrágora, numa casa com uma piscina decrépita, imunda, mas que mesmo assim é um alívio para o calor infernal. Tali, prima de Mecha, tem quatro filhos e um marido que ama. Vive em La Ciénaga numa casa sem piscina. As férias de Mecha e da família estão a chegar ao fim. O tempo passa mais devagar, marcado pelas sestas ao pé da piscina, visitas dos primos e crianças a brincar. Mas uma tensão silenciosa e uma série de incidentes vão perturbar a ordem familiar.