Um dos filmes que tornou Brian De Palma célebre e deu a Michael Caine um dos seus mais perversos papéis de sempre
Kate Miller, uma bela mulher, é doente do dr. Robert Elliott, um psiquiatra que não só descobre a razão da sua imensa insatisfação como recusa os seus avanços amorosos. Mais tarde, Kate passa a tarde com um desconhecido no apartamento dele e é brutalmente assassinada no elevador. O dr. Elliott recebe nessa mesma noite uma mensagem telefónica de um paciente chamado Bobbi, que exige ser tratado de forma a poder libertar-se do seu corpo de homem e revelando que se voltou a transformar numa mulher. Liz Blake, a prostituta de luxo que encontrou o corpo de Kate, torna-se na principal suspeita do crime, mas Peter, o filho adolescente de Kate, suspeita de um dos doentes do dr. Elliott. Juntos, Peter e Liz vão desvendar o crime e viver momentos de grande e impressionante inquietação.
"Vestida Para Matar" foi um dos grandes êxitos comerciais de Brian De Palma, que se impunha, em 1980, como um dos mais próximos herdeiros do grande cinema de suspense de mestre Hitchcock. Entre a hábil homenagem e a referência assumida, De Palma assinou um thriller fascinante e de grande inquietação, onde um adolescente e uma prostituta de luxo se transformam no mais improvável par de detectives amadores, descobrindo e desmascarando um demencial e perverso assassino. "Vestida Para Matar" é um filme de referências e citações, ostensivamente construído sobre a memória do cinema de Hitchcock, mas elaborado com inegável inventiva visual e engenhosa atmosfera de pura inquietação, magistralmente servido por Michael Caine num dos seus trabalhos mais bizarros e surpreendentes.