ESTREIA DO MÁGICO NA SELECÇÃO por Rui Alves

Quando Deco se estreia com a camisola número 20 da Selecção Nacional, já os adeptos portistas cantavam:
 
“É o número 10, finta com os dois pés, é melhor que Pelé, é o Deco, allez, allez”.
 
Verdadeiro artista da bola, faz parte da memória azul e branca e será sempre recordado no Museu do FC Porto, com uma estátua, ao lado de nomes históricos como Víctor Baía, João Pinto, Aloísio, Madjer, António Oliveira ou Fernando Gomes.
 
Desprezado pelo Benfica, joga primeiro no Alverca para passar depois pelo Salgueiros e já com a promessa de se transferir para o maior clube da cidade Invicta, aos 21 anos é apresentado como reforço do FC Porto.
 
O jovem médio é de um talento imenso, razão para que Pinto da Costa aposte de forma decidida na contratação do mágico. O brasileiro vai ainda  tempo de ajudar na conquista do histórico penta, a maior série de campeonatos conquistados na história do futebol português.
 
Deco estreia-se a 10 de abril de 1999 e inicia uma longa e feliz caminhada com a camisola portista, colecionando uma Liga dos Campeões, uma Taça UEFA, três campeonatos, três Taças de Portugal e duas Supertaças, num total de 229 jogos e 48 golos.
 
Numa noite de chuva no Estádio do Dragão e apesar das manifestações de desagrado de Rui Costa e Figo, o mágico faz a estreia com a camisola das quinas quando salta do banco ao minuto 62, para render Sérgio Conceição.
 
A magia marca presença desde  do primeiro jogo, com um golo frente ao país de origem. Titular indiscutível entre 2003 2 2010 soma 75 internacionalizações, cinco golos  e quatro fases finais (Euros 2004 e 2008 e Mundiais 2006 e 2010).
 
A festa de despedida do futebol, como é fácil de adivinhar e não podia ser de outra forma, foi no Estádio do Dragão, em julho de 2014.