Foi uma verdadeira epopeia a conquista da edição de 1964 da Taça dos Vencedores das Taças de 1964 pelo Sporting Clube de Portugal.

Apenas nos oitavos (Apoel de Nicósia) e quartos de final (Manchester United) é que não foi necessário recorrer a um jogo de desempate. Atalanta, Olympique de Lyon, a equipa leonina somou seis jogos para se poder a apurar para a final que termina empatada.

“Antes de correr para a bola, agarrava na bola, rezava com a bola, entra menina entra naquela baliza. Dei-lhe dois beijos e ela entrou.” - Morais

O destino daquela finalíssima da Taça das Taças de 1964 estava traçado. O esforço de uma equipa vestida de verde e branco é recompensado com a conquista do único troféu europeu do Sporting.

A dedicação de um grupo de profissionais do futebol foi essencial para ganhar a finalíssima quando dois dias antes, na final, tinham empatado a três bolas. A devoção entregue a cada eliminatória resulta na glória de um feito que será sempre recordado no clube fundado pelo Visconde de Alvalade. A marcação do pontapé de canto direto à baliza do MTK de Budapeste origina até uma música.

A terra estremeceu

e verde se tornou


o sonho aconteceu

um golo só bastou


Um golo do Morais

que não esquece mais.


Vivò Sporting!
gritou a multidão em ovação

que teve a raça pra ganhar a grande taça

pois então

Onze leões com um querer de um só leão

com mil razões para vencer do coração


Vivò Sporting!

que até contra o azar lutou com fé

e à portuguesa pôs na luta mais grandeza
mais ralé

Assim falou de Portugal às multidões

assim ganhou essa final de campeões.