Suicida de Ansbach jurou fidelidade ao EI

por Graça Andrade Ramos - RTP
Ministro do Interior da Baviera, Joachim Herrmann Michaela Rehle - RTP

Um vídeo encontrado no telemóvel do homem sírio de 27 anos que se fez explodir domingo à porta de um bar em Ansbach prova que o suicida prestou juramento de fidelidade ao Estado Islâmico.

A revelação foi feita pelo ministro do Interior da Bavária, Joachim Herrmann.

"Uma tradução provisória de um intérprete mostra que ele anuncia expressamente, em nome de Alá, o testemunho da sua fidelidade a Abu Bakr al-Bagdadi, um famoso líder islamita e um ato de vingança contra os alemães porque estão a entravar o Islão", afirmou Herrmann em conferência de imprensa.

"Penso que, depois deste vídeo, não há dúvida que o ataque foi um ato terrorista com bastidores islamitas" concluiu.Abu Bakr al-Bagdadi é o putativo líder do grupo Estado Islâmico e auto-proclamado califa.

A polícia alemã afirmou entretanto que o bombista de Ansbach tinha material suficiente para fazer outra bomba o que levanta a questão se foi mesmo um bombista suicida.

O homem, que já tinha tentado suicidar-se duas vezes, explodiu com a sua mochila no exterior de um bar no centro de Anbach, uma cidade da Baviera onde decorria um festival de música, ao qual assistiam 2.000 pessoas.

O homem terá sido impedido pela segurança do festival de entrar no recinto. Acabou por lançar o seu ataque cerca das 22h10 locais, através da sua mochila, que estava armadilhada com explosivos e pedaços de metal. O único morto foi o próprio bombista. Ficaram feridas 12 pessoas.

O atacante foi identificado como um imigrante de origem síria a quem a Alemanha recusou asilo e que se preparava para deportar.

Daesh reivindica o bombista como seu "soldado"
O grupo "Estado Islâmico" divulgou entretanto, através da sua agência Amaq, citada pela France Presse (AFP), um comunicado afirmando que o bombista sírio era um dos seus "soldados" e que a sua acção se realizou inspirada pelos "apelos a tomar como alvos os Estados da coligação que combate o Estado Islâmico".

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