DOP

Açúcar|Ep. 423 abr. 2018

Play - DOP

Ep. 4

Duração: 56min

Class.: Todos

RTP2

Durante séculos o açúcar foi considerado uma especiaria com qualidades curativas e por isso usado como medicamento nas boticas medievais. A propagação da cultura sacarina no Mediterrâneo foi o primeiro passo para a vulgarização do consumo do açúcar entre os europeus.
Na época das Descobertas, a coroa portuguesa e particulares a ela associados, tornam-se cruciais no negócio do açúcar que dominou o Atlântico na Idade Moderna, sendo que Lisboa é nesse tempo uma cidade transfigurada pelas novas oportunidades de comércio.
O desejo de doce é de tal maneira real entre as classes abastadas que o açúcar irá gradualmente entrar nos hábitos alimentares até que séculos mais tarde, já não sendo uma especiaria ou medicamento é encarado como um problema ou um veneno. Esse alimento que resulta da simples cristalização do suco da cana-do-açúcar é do ponto de vista cultural um tema polémico e complexo, quinhentos anos depois da sua introdução na Madeira e na América tropical.
No século XIX, o açúcar, ou o doce, está confinado ao momento da sobremesa, onde ao lado dos cristais e das porcelanas desempenha uma função prestigiante.
No documentário DOP Açúcar participam Annemarie Jordan Gschwend, Alberto Vieira, Joaquim Caetano, Isabel Drumond Braga, Francisco Clode, Carmen Soares, Inês Ornellas, Cristina Neiva Correia e os historiadores Massimo Montanari, da Universidade de Bolonha e Daniel Strum, da Universidade de São Paulo.
A autoria é da jornalista Anabela Saint-Maurice.
MAIS INFODOP
Vivemos uma época em que se atribui grande importância à exportação de produtos tradicionais portugueses. Para competir no mercado externo, o produtor sabe da vantagem em obter a certificação de origem para o seu produto. Por outro lado, aos olhos do consumidor, o produto "DOP" (com Denominação de Origem Protegida) apresenta-se como um artigo seguro, específico, produzido segundo determinadas regras numa dada região de Portugal. O "DOP" - utilizado como símbolo e marca de uma zona - ganhou importância por razões várias. Nada "é tradicional" por acaso. As tradições remetem-nos para a geografia, a economia e para as circunstâncias da História. Foi a globalização da economia, a pressão da distribuição (sobre o produtor) e do fator preço (sobre o mercado) que em contracorrente despoletou a necessidade de proteger antigos modos de fazer. O "DOP" é assim reflexo do nosso tempo. Tema vasto, o "DOP" é neste projeto o ponto de partida para se falar da tradição e da cultura portuguesas mas também do consumo (a moda) e da produção (economia).

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Class.: Todos RTP2

Um projeto documental, da autoria de Anabela Saint-Maurice, que alerta para a importância do DOP (Denominação de Origem Protegida) nos produtos tradicionais portugueses. Vivemos uma época em que se atribui grande importância à exportação de produtos tradicionais portugueses. Para competir no mercado externo, o produtor sabe da vantagem em obter a certificação de origem para o seu produto. Por outro lado, aos olhos do consumidor, o produto "DOP" (com Denominação de Origem Protegida) apresenta-se como um artigo seguro, específico, produzido segundo determinadas regras numa dada região de Portugal. O "DOP" - utilizado como símbolo e marca de uma zona - ganhou importância por razões várias. Nada "é tradicional" por acaso. As tradições remetem-nos para a geografia, a economia e para as circunstâncias da História. Foi a globalização da economia, a pressão da distribuição (sobre o produtor) e do fator preço (sobre o mercado) que em contracorrente despoletou a necessidade de proteger antigos modos de fazer. O "DOP" é assim reflexo do nosso tempo. Tema vasto, o "DOP" é neste projeto o ponto de partida para se falar da tradição e da cultura portuguesas mas também do consumo (a moda) e da produção (economia).

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